Justiça torna réu homem que confessou ter matado mulher trans com ‘mata-leão’ na Bahia

A Justiça da Bahia aceitou denúncia do Ministério Público (MP-BA) e tornou réu o jovem que confessou ter matado uma mulher trans, em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. A informação foi divulgada pela Polícia Civil (PC).

Rhianna Alves foi assassinada na noite do último sábado (6), com o golpe “mata-leão”. O investigado chegou a levar o corpo da vítima para a delegacia, logo após o crime, mas acabou liberado depois de ser ouvido. A prisão aconteceu nesta quarta-feira (10), quatro dias depois.

Conforme divulgou a polícia, Sérgio Henrique Lima dos Santos foi localizado, em Serrinha (BA), após ter a prisão preventiva decretada na mesma decisão da Justiça.

Após o cumprimento da ordem judicial, Sérgio Henrique foi conduzido para uma unidade policial, passará por exames de lesões corporais no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.

O corpo da jovem foi sepultado nesta terça-feira (9), em América Dourada, cidade da família.

Em depoimento, Sérgio Henrique contou que buscou Rhianna para ter relações sexuais e, ao levá-la de volta para casa, houve uma discussão. A vítima teria ameaçado expor a relação dos dois e acusá-lo de estupro.

Ainda segundo o depoimento, o suspeito aplicou um golpe “mata-leão” após Rhianna fazer um movimento indicando que pegaria algum objeto na bolsa.

Após golpeá-la, Sérgio Henrique dirigiu até a delegacia e pediu socorro para os policiais, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Apesar disso, a vítima já estava morta.

Diante da versão apontada à polícia, o suspeito alegou legítima defesa e acabou liberado em um primeiro momento. Em nota, a corporação disse que ele foi solto “em razão de ter se apresentado espontaneamente e confessado o crime”.

O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e chegou a ser comentado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que enviou ofícios para a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e Ministério Público da Bahia (MP-BA).

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH) emitiu uma nota informando que irá acompanhar o caso e cobrar celeridade nas investigações.

Em nota, o MP-BA informou que acompanha as investigações conduzidas pela Polícia Civil, e que vai requisitar informações necessárias para adotar as providências cabíveis.

A ocorrência também é acompanhada pela Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seção Bahia.

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