Trinta e cinco pessoas são presas na Bahia e em outros cinco estados por tráfico de drogas

Uma megaoperação na Bahia e em outros cinco estados prendeu 35 pessoas na manhã desta quinta-feira (11), suspeitas de integrar um grupo criminoso especializado em tráfico de drogas, crimes patrimoniais, lavagem de dinheiro e disputa de territórios.

Um dos alvos presos é o capitão da Polícia Militar Mauro Grunfeld. Ele foi preso em maio e em julho de 2024, suspeito de participar de um esquema de compra e venda de armas que abastecia facções criminosas na Bahia.

Segundo a Polícia Civil, a Megaoperação Zimmer, deflagrada pela Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), com o apoio das polícias Militar e Federal, cumpre mandados na Bahia, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco.

Foram determinados os cumprimentos de 50 mandados de busca e apreensão e 43 de prisão. A Polícia Civil também pediu o bloqueio de R$ 100 milhões, além do sequestro de bens dos investigados.

As investigações começaram em após três pessoas serem presas com quase 1 tonelada de drogas em outubro de 2023. Na época, parte do material foi encontrado em um quarto do hotel de luxo Astron, que fica na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. Já a outra parte, em um condomínio de alto padrão, no bairro de Jauá, na cidade de Camaçari.

A polícia informou que uma complexa associação criminosa foi identificada durante as apurações. O grupo é apontado como responsável pelo abastecimento, produção e preparação de entorpecentes, como também a utilização de pessoas físicas e jurídicas para dissimular a origem ilícita dos valores movimentados.

O suposto esquema de compra e venda de armas que abastecia facções criminosas na Bahia foi revelada por meio de conversas em aplicativos de mensagens. As informações foram interceptadas pela Polícia Federal, em investigação conjunta com o Ministério Público do Estado (MP-BA).

De acordo com a apuração conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), de Investigações Criminais Norte e das Promotorias Criminais da Comarca de Juazeiro, o esquema movimentou quase R$ 10 milhões entre 2021 e 2023.

A operação que prendeu 19 pessoas, dentre elas 10 militares, foi deflagrada em 21 de maio de 2024. Policiais da Bahia e de Pernambuco, além de CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e lojistas, são suspeitos de integrar a organização criminosa especializada em vender armas e munições ilegais para facções criminosas.

Os mandados foram cumpridos em Arapiraca, no estado de Alagoas; em Petrolina, no estado de Pernambuco; e em Juazeiro, Salvador, Santo Antônio de Jesus, Porto Seguro e Lauro de Freitas, na Bahia.

De acordo com a Polícia Federal, o modus operandi do grupo consistia em reter armamentos apreendidos em operações policiais. Ao invés de apresentar o material na delegacia, os suspeitos revendiam essas armas para organizações criminais.

Já a obtenção de armas novas era feita por meio de laranjas. Os investigados pagavam pessoas sem instrução, geralmente da zona rural das cidades e sem antecedentes criminais, para tirar o Certificado de Registo do Exército (CR) — necessário para obtenção do CAC. (Foto: PF).

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