Da série Prefeitos de Petrolina: “Augusto Coelho apostou mil obras”

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    Augusto de Souza Coelho foi vereador em Petrolina , mais pelo espírito público e da espontânea solidariedade que lhe salta aos braços, que por uma pretensão de tornar-se um político “carreirista”, um quadro ideológico da legenda na qual foi filiado, o PDS que depois virou PFL. Diniz Cavalcanti exerceu mandato de prefeito de Petrolina entre os anos 1977 a 1982.

    Uma gestão de obras estruturadoras e enriquecida pela atividade parlamentar e liderança densa do então senador Nilo Coelho(PDS-PE/1978-1983). As valências do poder público funcionaram harmoniosamente com o prefeito mais popular de Petrolina, Diniz de Sá Cavalcanti. No ocaso de junho de 1982, precisamente, o médico e empresário Augusto Coelho, resistiu o que pôde a uma indicação natural de Nilo e Osvaldo reforçada pela militância pedessista da época.

    Augusto sempre foi um estudioso da pedagogia do difícil ato de exercer o poder público. Perfeccionista e com rigor cartesiano sempre execrou o que fosse desperdício, pusilanimidade com o interesse coletivo. Augusto optara por um mandato impopular mas produzisse toda a política que fosse e seja hoje da preservação da saúde individual e pública das pessoas. Zeloso a proteger pessoalmente a distribuição racional de toda penicilina da rede de saúde em seu governo.

    Todos os projetos na direção pública que fosse para erguer um simples tijolo em alvenaria municipal, a elaboração de programas em caráter social ou mover tecnologia e ciência sob sua assinatura, passavam por uma interminável análise de equipe. O improviso, a provisoriedade lhe perturbam até hoje na atividade privada.

    O GOVERNO DE AUGUSTO COELHO FOI MARCADO PELA DIDÁTICA E RACIONALIDADE DO PODER E NA RESPONSABILIDADE com as diretrizes e bases bem como a execução da obra e aplicação do recurso. Augusto foi muito “chato” para quem se habituou à mediocridade. Mediocridade premiada por mesquinhez clientelista e do compadrio insensato.

    De 1983 a 1988 , Petrolina testemunhou um impacto histórico de mil obras pensadas, discutidas, avaliadas e só depois conduzidas para o crivo federal ou estadual. Avesso ao populismo, AUGUSTO COELHO implantou saúde pública onde pôde, a reboque de “editoriais ácidos da imprensa” e discursos farisaicos na legislatura simultânea ao seu mandato de PREFEITO DE PETROLINA. Desde a inspeção veterinária até a qualidade da merenda escolar, o calendário para fornecedores e servidores, a logística da prefeitura para garantir coleta de lixo, manutenção de limpeza e humanização dos jardins da cidade. Augusto Coelho foi prefeito que optou por medidas que peitaram faturas eleitoreiras garantindo a longevidade das receitas líquidas quando a responsabilidade fiscal era “heresia impronunciável” do poder perdulário e burro.

    Em sua gestão, para AUGUSTO COELHO, não importou o relógio da prefeitura avançando sua hora, importava o projeto ser examinado e aprovado com sucesso pelas tecnocracias de Pernambuco e da difícil Brasília. Seu governo é lembrado até agora como uma referência, uma gestão que funciona como fonte de consulta, por seu academicismo e mecanismos mais ágeis contra um tempo implacável diante da pressa para o interesse coletivo e soberano de Petrolina.
    Hoje, presidindo a Associação de Amparo à Maternidade e à Infância-APAMI, Augusto Coelho exerce o poder privado e toca seus projetos de natureza médica e humanitária com os instrumentos que estão ao seu alcance.

    Por Marcelo Damasceno,
    Jornalista de Petrolina (PE).

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