Com gol nos acréscimos, Náutico vence Juazeirense por 1×0

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Festa antes, muita tensão durante e uma explosão de alegria no final. No dia em que o Náutico comemorou o cinquentenário do hexacampeonato estadual, conquistado em 1968, a nova geração do Timbu suou bastante, mas não decepcionou os mais de sete mil torcedores na Arena de Pernambuco. Ortigoza saiu do banco de reservas e, aos 49 do segundo tempo, marcou o gol de cabeça que decretou a vitória por 1×0 diante do Juazeirense, pelo Grupo A da Série C. O resultado praticamente credencia o clube, vice-líder com 26 pontos, a disputar à fase de mata-mata da competição.

Com Ortigoza no banco de reservas, o técnico Márcio Goiano optou por montar um trio ofensivo de maior mobilidade. Robinho fez a função de centroavante. O lado esquerdo foi o mais acionado no início do jogo, com a interação entre Assis e Lelê. Mesmo com mais posse de bola, os alvirrubros finalizavam pouco. O primeiro susto só veio com
um chute de longa distância de Bryan. A pena pela pouca objetividade quase veio minutos depois. Jussimar aproveitou erro de Sueliton na saída de bola e armou contra-ataque perigoso, mas não finalizou bem.

Com Robinho saindo mais da área, o Náutico encaixou boas triangulações, mas o passe final não saia da melhor forma. Quando a assistência foi precisa, o erro ficou na finalização. Foi assim quando Assis caprichou no cruzamento e Robinho, livre de marcação, mandou para fora. Completamente fechado na grande área, o Juazeirense segurou os alvirrubros e levou o 0x0 para o intervalo.

Goiano mudou a proposta de jogo no segundo tempo. Robinho voltou a atuar pela ponta e Ortigoza foi acionado na vaga de Lelê. No primeiro lance em campo, o centroavante quase abriu o placar em chute de longe que exigiu toda a elasticidade de Tigre. Os contantes erros de passe no meio-campo e a afobação na hora de concluir a gol só
pioravam com o passar do tempo. Para solucionar pelo menos o primeiro dos dois problemas, o treinador fez outra mudança, colocando Jobson no lugar de Dudu.

Fazendo “cera” desde a metade do segundo tempo, o Juazeirense parecia satisfeito com o ponto conquistado no Recife. Bem diferente do Náutico, que lutou até o final para conseguir os três pontos. O resultado caminhava para o 0x0 quando Ortigoza, aos 49 minutos do segundo tempo, acabou com o jejum de cinco partidas sem balançar as redes e fez explodir a torcida alvirrubra. Há 50 anos, Ramos foi o herói. Hoje, o posto ficou com Ortigoza. (Folha PE)