O presidente interno, Michel Temer, negou nesta quarta-feira (15) que tenha pedido recursos ilícitos ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado para a campanha do então candidato à prefeitura de São Paulo, em 2012, Gabriel Chalita.
Machado, que prestou vários depoimentos no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, em acordo de delação premiada, disse que Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão em propina para financiar a campanha de Chalita. Esses recursos, de acordo com o ex-presidente da Transpetro, teriam sido dados pela construtora Queiroz Galvão. Ainda segundo Machado, a negociação aconteceu em setembro de 2012 na base área de Brasília e o repasse foi feito pela construtora Queiroz Galvão.
Temer afirmou que mantinha com Machado apenas um relacionamento formal, sem nenhuma proximidade. “Em toda sua vida pública, o presidente em exercício Michel Temer sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais. Jamais permitiu arrecadação fora dos ditames da lei, seja para si, para o partido e, muito menos, para outros candidatos que, eventualmente, apoiou em disputas”, disse o presidente em nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência.
O presidente interno disse ainda ser inverídica a versão de que teria solicitado recursos ilícitos a Machado.
As declarações de Machado estão nos depoimentos de delação premiada tomados pela força-tarefa de investigadores da Operação Lava Jato, que foram tornados públicos após decisão do ministro Teori Zavascki, por meio da decisão que retirou o sigilo das oitivas. (Agência Brasil)