Representantes feministas afirmam que o município não tem política pública voltada para as mulheres

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    O assassinato da universitária Rosilene Ramos, ocorrido na semana passada, em Petrolina no campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) ainda choca toda a sociedade. O autor do crime era o ex-companheiro dela, José Luiz da Silva Irmão, 47 anos.

    Sobre o assunto em entrevista ao blog uma das representantes da União Brasileira das Mulheres de Petrolina Socorro Lacerda repudia esse tipo de crime caracterizado como feminicídio que significa a perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino, classificado como um crime hediondo no Brasil.

    Para a integrante da UBM, a sociedade patriarcal é machista e que esse crime foi um ato brutal e que o fato do acusado, segundo ele ter encontrado fotos íntimas no celular da vítima ou ter a visto sair de um carro não justifica o ocorrido.

    “O que nos indigna mais ainda é saber que o criminoso só mata muitas vezes porque a mulher trai o parceiro, isso não justifica um crime. A mulher fica com medo, ameaçada e o agressor ainda fica rondando a vítima. Esse monstro do caso da Univasf, diz que não tinha intenção de matar, mas andava com uma faca no bolso. É um covarde e  tem que ser denunciado, pois os covardes tem um perfil de machão. E ser machão para nós mulheres é ser um homem delicado”, afirmou.

    O desabafo de Socorro Lacerda só demonstra o que as mulheres do Brasil clamam todos os dias e muitas ainda prendem em si o medo de denunciar o seu agressor, já que os dados são assustadores, onde a cada hora e meia, uma mulher é assassinada no Brasil, mesmo com a criação da Lei Maria da Penha criada há quase oito anos, que já evitou a morte de 300 mil mulheres no país.

    A opinião sobre o assunto também foi compartilhada com a outra representante da UBM Regional Jussara Barbosa onde ela afirma que é preciso mais vigor na aplicação de políticas públicas voltada às mulheres principalmente por parte do Governo Municipal.

    “Eu desconheço alguma ação mais concreta do município em relação às mulheres, O poder municipal precisa expandir mecanismos de interação como a Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, criada pelo governo federal. O problema é a negligência dos governos na aplicação de políticas públicas voltadas para as mulheres”. Conclui Jussara.

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