A Central de Plantões da Polícia Civil de Recife que também se estendeu em todo estado se transformou em um nó difícil de desatar e está expondo a grave crise em que se encontra a segurança em Pernambuco.
Para quem não se lembra, a delegacia foi criada para dar mais agilidade ao encaminhamento das prisões em flagrantes realizadas pela PM. No projeto inicial, cinco equipes formadas por delegados, agentes e escrivães estariam a disposição para receber os presos e liberar as equipes da PM para voltar às ruas o mais rápido possível. Mas há meses a realidade é bem diferente.
Os plantões, geralmente, estão sendo formados apenas por um ou dois delegados para receber todos os flagrantes da capital Recife e aos outras delegacias do interior do estado também acabam sobrecarregadas com os plantões de ocorrências diárias, Isso já foi amplamente denunciado, mas continua sem solução.
Viaturas da Polícia Militar chegam a ficar paradas Enquanto isso, as ruas ficam sem segurança e os criminosos à solta.
Se não bastasse, ainda falta infraestrutura adequada para que os profissionais da segurança trabalhem de forma digna. As salas estão com ar-condicionados quebrados, cheios de poeira e sem manutenção alguma. Nos banheiros, vazamentos são comuns.
A Central de Plantões foi inaugurada em março de 2014, com direito a palanque e discurso do ex-governador Eduardo Campos. Na época, segundo o Governo Estadual, foram gastos R$ 245 mil com reforma do prédio, climatização e mobiliário.
Diante desse caos generalizado é preciso que a Secretaria de Defesa Social (SDS) tome providências emergenciais e reveja os procedimentos adotados para que o trabalho da Central de Plantões volte a ter sentido, cumprindo o objetivo inicial de dar mais agilidade aos flagrantes e garantindo condições mínimas de trabalho aos profissionais em todo estado. (JC).