PM está entre os presos em ação contra quadrilha que matou 30 pessoas em 4 anos

Um policial militar está entre os 16 presos durante a Operação Venatores, deflagrada nesta quarta-feira (24) contra uma organização criminosa investigada por aproximadamente 30 homicídios nos últimos quatro anos, ligados principalmente à disputa pelo controle do tráfico de drogas. O grupo também é investigado por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, comércio ilegal de armas e corrupção passiva.

Segundo o delegado adjunto Dr. Cley Anderson, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e responsável pela investigação, há indícios de que a organização possui ligação com a facção criminosa Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.

De acordo com ele, a quadrilha atuava principalmente no bairro do Ibura, na zona sul do Recife, próximo a divisa com Jaboatão dos Guararapes, mas tinha influência também em Recife e áreas próximas, além de contatos com outros estados, como Paraíba e Alagoas.

A Operação Venatores cumpriu 35 mandados, sendo 20 de prisão temporária e 15 de busca domiciliar. Dos 20 mandados de prisão, 16 foram cumpridos, incluindo três detentos que já estavam reclusos. Os quatro restantes seguem foragidos.

Entre os presos, estava o policial militar, uma mulher que fazia a residência de depósito da organização e uma outra mulher que seria companheira do 02, gerente do grupo e que já estaria detido.

Durante a ação, a polícia apreendeu sete armas de fogo, dois veículos SUV, duas motocicletas, incluindo uma de 900 cilindradas, cerca de R$ 48 mil em espécie, celulares e documentos. Também foram solicitados bloqueios de ativos financeiros ligados aos investigados.

Relatórios da investigação indicam que um dos suspeitos movimentou cerca de R$ 3 milhões em dois anos, sem vínculo formal de emprego.

Segundo Dr. Clei, a organização possuía estrutura hierárquica com núcleos especializados, incluindo fornecimento de armas, distribuição de drogas e lavagem de dinheiro. A investigação identificou que algumas lideranças estavam fora do estado, mas continuavam emitindo ordens e acompanhando a rotina da facção. A polícia também encontrou indícios de ligação com facção do Rio de Janeiro.

O delegado informou que a operação representa a fase ostensiva da investigação. Nos próximos 30 dias, a polícia dará continuidade ao inquérito, com perícias em aparelhos eletrônicos e bens apreendidos, além de bloqueios financeiros, possibilitando novas prisões e desdobramentos no caso. (Divulgação/PCPE).

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