As jogadoras de futebol, Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Díaz do River Plate, clube com sede em Buenos Aires na Argentina, foram presas, na sexta-feira (20/12), em flagrante delito, por prática de injúria racial. O caso ocorreu na sequência da disputa do time com o Grêmio na Ladies Cup, no Estádio do Canindé, em São Paulo, ocasião em que as jogadoras fizeram gestos de macaco.
Após audiência de custódia, o juiz decidiu pela manutenção da prisão e em seguida foram levadas para a 6ª Delegacia de Polícia Civil de São Paulo. Ações essas que deixaram as jogadoras assustadas, segundo Thaís Sankari, advogada das jogadoras que acompanha o caso no Brasil.
Embora no Brasil, desde 2023, o crime de injúria racial seja, tal qual o de racismo, seja inafiançável e imprescritível, antes de decidir pela manutenção da prisão em flagrante, o juiz de custódia levou em consideração a falta de vínculo das atletas com o Brasil. Porém, as jogadoras devem permanecer presas e aguardam julgamento do caso.
O River Plate aponta que deve dar tudo o suporte às jogadoras argentinas, durante o período de prisão no Brasil, além de se comprometer a apresentar as atletas aos órgãos judiciais sempre que se fizer necessário, até que sejam libertadas.
Repúdio
No entanto, o clube utilizou a rede social X para repudiar a prática de injúria racial cometida pelas jogadoras, onde informou que deve tomar as medidas disciplinares necessárias, além de informar que atua para erradicar tal prática.(Por PD News/Foto: reprodução LadiesCup)