Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (13), iria se apresentar no São João 2025 de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O show estava marcado par acontecer no Polo do Alto do Moura, no dia 24 de junho. O político iria se apresentar junto com a sua banda, Forró de Brucelose.
A banda foi formada por Gilson na década de 90 no município de Gravatá. O nome “brucelose” faz referência a uma doença do gado bovino que atinge muitos animais da região.
O cachê da banda em 2025 e como será a apresentação do grupo ainda não foram divulgados, até última atualização desta reportagem. Em 2024, no dia 23 de junho, Brucelose também se apresentou no São João de Caruaru. O valor do cachê divulgado pelo painel de transparência, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi de R$ 120 mil.
Segundo apuração do blog da jornalista Andréia Sadi, na última terça-feira (10), a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação para investigar o ex-ministro. No documento, a PGR também defendeu a determinação de busca e apreensão e quebra do sigilo telefônico e de mensagens de Gilson Machado.
Conforme a Polícia Federal, Gilson Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, a fim de obter a emissão de um passaporte português para Cid, o que teria a finalidade de viabilizar a saída de Cid do território nacional.
A Polícia Federal diz ainda que encontrou no celular de Cid arquivos que mostram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tentou, em janeiro de 2023, a obtenção da cidadania portuguesa.
mostram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tentou, em janeiro de 2023, a obtenção da cidadania portuguesa.
Machado afirmou, antes da prisão, que apenas ligou para o consulado com a intenção de agendar a renovação do passaporte do pai. Ao chegar no Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Recife, para exame de corpo de delito, ele disse à imprensa que entrou em contato com o consulado de Portugal no Recife para pedir um passaporte para o pai.
O advogado de Machado, Célio Avelino, afirmou que não teve acesso ao processo e não sabe qual o motivo da prisão.
“A Polícia Federal recebeu, do ministro Alexandre de Moraes, um mandado de prisão preventiva, mas não disse os motivos da prisão. Ele prestou depoimento, esclareceu o que perguntaram a ele sobre se teria interferido para conseguir um passaporte para o tenente-coronel Mauro Cid. E ele disse que não. E é só isso que eu sei”, disse o advogado. (Foto: Hayale Guimarães/g1).