Ex-cantor da banda baiana New Hit volta a ser preso por estupro 12 anos após o crime; relembre caso

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O ex-cantor da banda baiana de pagode New Hit, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, conhecido como Dudu Martins, foi preso na segunda-feira (2), no aeroporto de Salvador (BA). O músico foi condenado a 10 anos de prisão pelo crime de estupro coletivo contra duas fãs, cometido em 2012. Nos últimos seis anos, ele aguardava os recursos do processo em liberdade.

Segundo o advogado do réu, Victor Valente, nos últimos dias os recursos foram esgotados e por isso o mandado de prisão foi cumprido 12 anos após o crime. Dudu Martins estava trabalhando como backing vocal do cantor de pagode Igor Kannário, e voltava de um show quando teve o mandado cumprido.

Relembre o caso

O grupo foi denunciado pelas duas adolescentes de 16 anos em outubro de 2012, após um show na cidade de Ruy Barbosa.

O estupro aconteceu após os suspeitos receberem as jovens para sessão de fotos no ônibus do grupo. O cantor e outros oito integrantes da banda foram presos e depois soltos para responderem a acusação em liberdade.

Segundo consta na primeira sentença, proferida em 2015, as vítimas saíram da cidade vizinha de Itaberaba para uma micareta em Ruy Barbosa. Após a apresentação, foram até o ônibus da banda para tirar fotos com os músicos e pegar autógrafos.

Consta na decisão que, “tão logo começaram a posar para as fotos ao lado dos ídolos, as vítimas foram surpreendidas com atitudes libidinosas”. A denúncia do MP apontou que foi praticado, mediante extrema violência, por repetidas vezes e em alternância, conjunção carnal e diversos atos libidinosos.

Segundo a Justiça, durante o processo, além das duas vítimas e dez acusados, foram ouvidas 12 testemunhas incluídas pela acusação, por meio do Ministério Público, e 53 testemunhas de defesa.

O grupo foi preso em 2017. Cinco deles cumpriam pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, e três deles no Conjunto Penal de Feira de Santana, a 100 km da capital.

Cerca de cinco meses depois, em 2018, todos foram beneficiados por um habeas corpus coletivo. O pedido foi feito pela defesa, segundo o advogado, porque a prisão ocorreu mesmo após o processo não ter sido transitado em julgado, ou seja, com a apreciação dos recursos. (Foto: Divulgação/Site Oficial).

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