Brasil elimina transmissão do HIV da mãe para o bebê e registra menor número de mortes por Aids em três décadas

O Ministério da Saúde anunciou que o Brasil atingiu os critérios internacionais para eliminar a transmissão vertical do HIV, quando a infecção passa da mãe para o bebê. A conclusão aparece no novo boletim epidemiológico de HIV e Aids, publicado na segunda-feira. A certificação formal pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda depende de análise final da entidade.

Segundo o levantamento, a taxa de transmissão vertical ficou abaixo de 2% em 2024 e a incidência da infecção em crianças permaneceu inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos. O boletim também aponta queda de 7,9% nos diagnósticos de gestantes com HIV (7,5 mil registros) e redução de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54% em comparação ao ano anterior.

O país registrou 9,1 mil mortes por Aids em 2024, recuo de 13% em relação ao ano anterior. É o menor número em 32 anos. Os novos casos também tiveram leve queda: foram 36,9 mil registros no último ano, uma redução de 1,5% na comparação com 2023. Ao todo, o Brasil tem 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou aids.

HIV é o vírus que infecta o organismo; Aids é a fase avançada dessa infecção, quando o sistema imunológico já está comprometido. A pessoa pode viver com HIV sem desenvolver a Aids, especialmente com tratamento contínuo, que mantém o vírus controlado e impede a transmissão. (Foto: Ministério da Saúde).

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