Uma médica obstetra do Hospital Dom Malan, em Petrolina (PE) e outra companheira de trabalho foram ameaçadas e agredidas.
Amanda Gabriela Siqueira de Morais a outra médica que exerce a mesma profissão que ela estavam de plantão na triagem obstétrica.
Amanda conta que em certo momento do plantão, ela e sua colega, tiveram que chamar a policia, porque o acompanhante de uma paciente triada como verde que pode esperar até 120 minutos para atendimento pela classificação de Manchester, a paciente uma puérpera, tinha parido há cinco dias por cesariana e tinha uma possível cefaleia pós-raqui.
“Simplesmente, o acompanhante desta paciente adentrou ao consultório obstétrico, enquanto estávamos atendendo e internando uma outra paciente em trabalho de parto ativo com oito centímetros de dilatação com ficha Vermelha, nos ameaçando e proferiu um murro contra mim, porém não me atingiu porque me abaixei e o murro bateu na parede do consultório. A intensidade foi tão grande, que estrondou as paredes e chamou atenção de todos, inclusive das pacientes internadas e das que estavam aguardando na recepção. Causou um alvoroço na hora e simplesmente esta pessoa saiu correndo e fugiu do local”, contou a médica.
No momento do ocorrido, o único segurança do Hospital Dom Malan estava cobrindo o horário do repouso de um porteiro em outro local. Ela afirma que existe apenas um segurança para toda a unidade.
Na ocasião, a policia foi chamada, mas chegou apenas após quarenta minutos, e não encontrou mais o homem no local.
As duas médicas foram orientadas a sair do plantão direto para a delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência.
“Saímos do plantão fragilizadas psicologicamente e com medo de encontrar o homem que poderia ter feito um estrago físico em nós, fomos até a delegacia, fizemos um B.O, pois não podemos mais aceitar este tipo de situação. Vamos processar também o indivíduo.
A população precisa respeitar os trabalhadores da saúde e o hospital precisa investir na segurança dos seus profissionais”, complementou Amanda.
A polícia ainda orientou para que a diretoria do hospital solicitasse uma patrulha policial fixa na porta do Dom Malan.
