Técnica em enfermagem morta a tiros estava grávida; polícia investiga feminicídio

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Imagem ilustrativa

A técnica de enfermagem que foi morta a tiros na rua em que morava estava grávida de três meses e, de acordo com a família, o pai da criança não aceitava a gestação. Maria Clara Adolfo de Souza, de 21 anos, foi assassinada ao sair de casa, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, na noite da quarta-feira (24). Crime é investigado como feminicídio.

O assassinato aconteceu na Rua Belo Jardim, no bairro do Socorro. De acordo com a mãe de Maria Clara, a filha recebeu uma ligação e saiu para o lado de fora da casa. Foi nesse momento que a família ouviu os tiros.

“A gente já desceu correndo, o pai saiu na frente e já viu ela lá no chão”, disse. O corpo de Maria Clara foi encontrado com onze perfurações.

No local, uma capsula de projétil de 9 milímetros também foi encontrada. Já o celular dela, foi levado. À polícia, testemunhas também disseram que viram dois homens desconhecidos em uma moto pela área do crime.

Simone também conta que a filha completaria quatro meses de gestação em uma semana, e que o pai da criança era um homem com quem ela se encontrava há três anos.

A tia da jovem, Paloma Souza, afirma que, para a família, o crime é um pesadelo, e que a morte da sobrinha causou comoção.

“Clarinha era muito querida, tinha muitos amigos. Não dá para acreditar, parece que a gente não acordou. Ela só queria ser mãe, ter o bebê dela, que ela não esperava que fosse acontecer [a gravidez], mas aconteceu, e ela disse que iria levar adiante, que iria enfrentar e, infelizmente, não foi possível”, disse.

O caso é investigado pela Polícia Civil como feminicídio e um inquérito policial foi iniciado para investigar o caso. (G1 Pernambuco)