Práticas integrativas e complementares para promoção de saúde são oferecidas pelo HU em Petrolina

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    O HU-Univasf implementou um Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares (CERPICs) para oferecer assistência terapêutica aos usuários do SUS. As PICs são recursos terapêuticos que estimulam os mecanismos naturais de prevenção de doenças e de recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

    Desde 2017, são oferecidas sessões de: biblioterapia, Reiki, cromoterapia, auriculoterapia, GP do Movimento, ThetaHealing (cura energética), renascimento, constelação, cura reconectiva e exercício para liberação do estresse e do trauma (Tension & Trauma Releasing Exercises).

    “Desenvolvemos um programa que busca um cuidado holístico e integral, considerando todos os aspectos que podem contribuir com o processo de saúde e doença. A idéia das práticas integrativas não é só o tratamento, mas também a prevenção”, explicou uma das coordenadoras do projeto e enfermeira do HU, Camila Mahara.

    O projeto, que já realizou mais de 500 atendimentos, conta com 45 voluntários, entre profissionais do hospital e da Univasf, estudantes de psicologia, enfermagem, medicina, entre outros cursos, além de especialistas que já desenvolviam trabalhos com as PICs.

    A maioria dos pacientes apresenta quadros de depressão ou ansiedade, além de doenças como lúpus e fibromialgia. São os profissionais de saúde das Unidades Básicas, dos municípios de Petrolina-PE e Juazeiro-BA, que identificam a necessidade e referenciam o paciente para uma das terapias que acontecem na Policlínica, unidade vinculada ao Hospital Universitário.

    Delcinia de Freitas Neto (60) fazia fisioterapia em uma unidade pública de Petrolina quando foi encaminhada para o CERPICs.  A aposentada sofria com muitas dores por ser portadora de fibromialgia, hérnia de disco e bico de papagaio. Ela conta que passou a ter mais qualidade de vida graças às terapias. “As dores diminuíram muito e também passei a dormir melhor depois que passei a me tratar aqui. Procuro fazer os exercícios em casa e repasso para as pessoas o que aprendo”, disse.

    Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

    A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS foi publicada pelo Ministério da Saúde, com o respaldo da Organização Mundial de Saúde, em maio de 2006. A política foi desenvolvida para atuar nos campos da prevenção de agravos e da promoção, manutenção e recuperação da saúde baseada em um modelo de atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo.

    O professor do curso de Psicologia da Univasf e coordenador do CERPICs, Alexandre Barreto, trabalha desde 2011 com pesquisas e projetos de extensão que envolvem as Práticas Integrativas e Complementares. Segundo o professor, parte da população tem uma visão equivocada sobre a efetividade das PICs, pois os resultados e benefícios das terapias ainda são pouco divulgados.  “Quando as pessoas têm acesso e vivem a experiência, elas passam a aderir a essas práticas que vão se expandindo, em termos de oferta, em diversas especialidades”, explicou.

    “É importante um país com diversidade cultural como o nosso poder ofertar variadas racionalidades e práticas de cuidado, e não apenas o cuidado convencional, valorizando o que a gente chama de práticas integrativas, que são cuidados que vêm de diversos modos de compreensão e interpretação do sofrimento e dos processos de doença”, completou.

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