A Polícia Federal, através da DELECIBER/PE – Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Superintendência Regional em Pernambuco, com apoio da DELECIBER/SP, deflagrou a segunda fase da Operação Infância Resgatada 8. O objetivo é identificar o indivíduo que teria feito promessa de pagamento para que outro abusasse sexualmente de menor e transmitisse ao vivo a cena de abuso sexual infantil.
O inquérito policial original foi instaurado em julho de 2024, após recebimento e análise de informações repassadas à Polícia Federal pela Polícia Australiana. Durante o trabalho investigativo, constatou-se que houve ao menos uma vítima de abuso sexual infantil, sendo efetuada a prisão do abusador em Recife por ocasião da deflagração da primeira fase da operação, em 15 de agosto do ano passado.
Nesta segunda fase da operação, com as informações obtidas após diligências investigativas e exame pericial no celular apreendido em poder do abusador preso, busca-se identificar e responsabilizar criminalmente o indivíduo que teria feito promessa de pagamento para que o abuso sexual infantil fosse cometido e transmitido ao vivo por meio de chamada de vídeo.
Foi cumprido um mandado de Busca Apreensão na capital paulista, o qual foi expedido pela 36ª Vara Federal/PE, no intuito de apreender computadores, notebooks, celulares e outras mídias com potencial de armazenamento de imagens e vídeos contendo cenas de abuso sexual infantil.
A depender dos resultados das diligências e dos exames periciais no material apreendido, o investigado poderá vir a responder pela possível prática dos delitos de produção, divulgação e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil (Artigos 240, 241-A e 241-B do ECA), além do crime de estupro de vulnerável (Art. 217-A do Código Penal). Somadas, as penas de tais crimes podem variar de 16 a 33 anos de reclusão.
(Foto:PF)