A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) deflagrou, nesta terça (17), uma operação contra suspeitos de desviar recursos públicos em contratos firmados com prefeituras do estado e uma organização da sociedade civil e empresas privadas para o fornecimento de mão de obra terceirizada.
Realizada pela Delegacia da PF em Caruaru, no Agreste, a Operação Valatus apura crimes desde 2021.
A investigação partiu de indícios de irregularidades apuradas pela Controladoria Geral da União (CGU) durante a execução do Programa de Fiscalização de Entes Federativos no Estado de Pernambuco.
Segundo a PF, entre 2019 e 2024, a entidade investigada recebeu pagamentos superiores a R$ 662 milhões de diversas prefeituras pernambucanas.
Do total, ao menos, R$ 431 milhões foram custeados com recursos federais.
“Os serviços supostamente prestados pelas investigadas eram, majoritariamente, de fornecimento de mão de obra para emprego na área de saúde” disse a PF, em comunicado oficial.
Operação
Oitenta policiais federais e oito servidores do quadro técnico da CGU cumprem 16 mandados de busca e apreensão em Garanhuns, Caruaru, Terezinha e Bom Conselho, no Agreste.
Todos os mandados foram expedidos pela 23ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.
A JFPE determinou também a proibição dos investigados manterem contato entre si e se ausentarem da Comarca que residem sem autorização judicial.
Imagens divulgadas pela PF mostram os policiais em ação e uma caixa com relógios que foram apreendidos.
Crimes
Os crimes investigados são de fraude de licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As penas máximas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
Valatus
O nome da ação é uma alusão ao modelo de operação da organização e das demais pessoas envolvidas.
Ainda conforme a PF, elas realizavam as atividades de modo “aparentemente velado, encoberto, escondido”. (Divulgação/PF).