A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na manhã desta terça-feira (5), a Operação Apófis, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na prática de fraudes contra a Previdência Social. As investigações apontaram a existência de uma suposta articulação criminosa envolvendo um servidor público e terceiros, que teria causado um prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
Segundo a PF, o esquema criminoso manipula os sistemas informatizados do INSS para viabilizar a contratação fraudulenta de empréstimos consignados em nome de aposentados e pensionistas, sem o conhecimento ou autorização dos mesmos.
Hoje, 13 mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de Recife, Cabo de Santo Agostinho, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Ponta Grossa. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco, que também determinou o afastamento cautelar do servidor investigado de suas funções e o bloqueio de seu acesso aos sistemas do INSS, além da proibição, para vários investigados, de ingresso em qualquer unidade do INSS e a proibição de contato com servidores, agentes públicos ou prestadores de serviço vinculados ao INSS.
Os crimes investigados incluem corrupção ativa, estelionato, inserção de dados falsos em sistema de informações, violação de sigilo profissional, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O nome da operação faz referência à figura mitológica do Egito Antigo, Apófis, considerada a personificação do caos – uma alusão aos danos causados à Previdência Social pelos esquemas fraudulentos identificados.