Durante visita dos representantes da Assembleia Legislativa e da Câmara de Vereadores de Petrolina no Hospital Dom Malan/IMIP, o diretor da unidade, Etiel Lins, esclareceu algumas questões sobre o atendimento materno-infantil de alta complexidade realizado na unidade, que é referência para mais de 50 municípios da Rede de Saúde Pernambuco Bahia (Rede PEBA).
De acordo com o diretor geral, nos últimos meses, a demanda na unidade tem sido crescente, mesmo assim, o HDM tem mantido seu papel de atender a população. “Nós temos um total 255 leitos, entre maternos e infantis. São realizados entre 600 e 650 partos por mês, mais de 7 mil por ano, dos quais metade são partos de baixo risco”, relatou.
Etiel ainda destacou o trabalho e dedicação da equipe multidisciplinar que atua na unidade. “Não negamos atendimento a nenhuma gestante que nos procura, nunca tivemos a falta de um medicamento, e mantemos a assistência ininterrupta. A nossa equipe vai além de todas as possibilidades e nós só temos a agradecer o comprometimento que cada um aqui tem com o hospital e a população”, argumentou.
Ainda em relação à equipe, a diretora de Ensino e Pesquisa da unidade, Angélica Guimarães destacou o respaldo da comunidade médica petrolinense em relação ao HDM. “Muitos colegas de profissão, quando têm um caso mais delicado, enviam para o Dom Malan por confiarem em nosso serviço”, explicou a gestora, que lembrou do papel do Hospital como formador de profissionais. “Todos os anos devolvemos para a sociedade 10 obstetras, 10 pediatras e 07 enfermeiros obstetras formados aqui em nosso serviço. Além disso, recebemos estudantes de farmácia, fisioterapia e nutrição para a realização de estágio”, argumentou.
Sobre a questão do parto normal x parto cesáreo, explicou: “Toda gestante que dá entrada em nossa unidade passa por uma avaliação da equipe médica, que faz a avaliação clínica e pede exames, quando necessário, para definição da conduta do parto. Seguimos protocolos científicos. O nosso compromisso é com o que a ciência preconiza. O que nós não temos como fazer é impedir ou prever as variáveis do parto. A nossa taxa de cesariana, por exemplo, é de 46%, pelo próprio perfil de atendimento. Como podem perceber, a realidade é bem diferente do que é disseminado. Naturalizou-se tanto o parto cesáreo para a mulher que as pessoas esqueceram o risco que um procedimento cirúrgico como esse envolve”, ressaltou.