Petrolina e Juazeiro viraram carranca para defender o Rio São Francisco

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    Durante todo o dia, o Vale do São Francisco que compreende aos município de Petrolina e Juazeiro mostraram que viram carranca para defender o Velho Chico e realizaram diversas ações começando logo cedo no lado baiano. Em juazeiro diversas tribos, movimentos estudantis e sociais revelaram preocupação com o estado em que o rio se encontra e uniram forças para chamar a atenção da sociedade e dos poderes públicos, que já é hora de não deixar a bacia do São Francisco morrer

    Em Petrolina, na Praça do bambuzinho, Centro, sociólogos, radialistas e amigos em prol da defesa do rio mobilizam-se realizando uma caminhada até a beira do rio, onde realizaram rituais de danças com representações da Tribo Truká do município de Rodelas-BA e depositaram no rio através de um ato simbólico, água limpa em sacolas plásticas com várias espécies de peixes.

    Mobilizado pela campanha do CBHSF “Eu viro carranca para defender o Velho Chico”, o vereador Adalberto Bruno Filho deverá apresentar, na Câmara Municipal de Petrolina, o projeto de lei que institui o dia 3 de junho no calendário de eventos da cidade como o Dia Municipal de Defesa do Rio São Francisco. A iniciativa visa “despertar no povo de Petrolina um sentimento de pertencimento em defesa do Rio São Francisco”, afirma o vereador.

    O sociólogo Celso Franca participou do ato e ressaltou como a sociedade deverá promover uma luta constante em defesa do rio,

    “O rio já chegou no sinal vermelho e cada um pode fazer um ato simbólico, realizando ações na beira do rio, plantando uma árvore, não despejando dejetos e isso pode ser feito todos os dias. Continuo sento otimistas de que resolveremos esse problema através também das políticas públicas, porque o que será das próximas gerações”, disse.

    A indígena Neilda de Souza, 7 anos está preocupada com o seu futuro e espera uma solução breve para o problema do Velho Chico. “Eu estou com medo de não ter água nem para beber,”, revela.

    O representante da tribo entre Serra Pancararu Sivaldo Costa diz que nunca foram contemplados com algum projeto que pudesse ajudar na revitalização do São Francisco e estão sentindo na pele os efeitos do problema que afeta a Bacia Hidrográfica.

    “Nós estamos educando nossos filhos para que no futuro eles tenham acesso ao rio. estamos sofrendo muito, já que o rio está muito distante da nossa comunidade e estamos sendo abastecido por carro pipa, frisou.

    Durante todo o dia, foram recolhidas assinaturas para serem entregues ao Governo Federal. “Estamos com um abaixo assinado pela criação do Conselho Gestor do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Pedimos que este projeto, que existe desde 2001, seja prorrogado por mais 20 anos”, destaca o cacique Uilton Tuxá.

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