Um pastor que atua em Igarassu (PE), foi condenado pela quarta vez por crimes de racismo e transfobia, resultado da atuação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Três das quatro sentenças foram proferidas entre julho e agosto deste ano, resultando em penas somadas de 12 anos de prisão em regimes aberto e semiaberto, além de multas e indenizações que chegam a R$ 133 mil.
A condenação mais recente, de 6 de agosto, refere-se a uma “live” em 2021. De acordo com a denúncia do MPPE, o acusado criticou a Prefeitura por promover um evento cultural e ofendeu uma mulher trans, referindo-se a ela com termos pejorativos e não respeitando sua identidade de gênero. O MPPE argumentou que o episódio afetou a saúde emocional da vítima. A sentença foi de seis anos e três meses de prisão em regime semiaberto, além de R$ 16.500,00 em indenização.
Em 3 de agosto, outra sentença em Igarassu condenou o acusado por injúria qualificada contra um dançarino. A denúncia do MPPE detalhou que o líder religioso o chamou de “feiticeiro” em um vídeo e, em um comentário no Instagram, afirmou que não ficaria “em silêncio vendo esses macumbeiros entregarem a cidade aos demônios”.
As outras duas condenações também foram resultado de ações do MPPE. Uma, em 12 de julho, na Promotoria de Justiça de Paulista, resultou na condenação por discurso discriminatório contra o candomblé.
(Foto:reprodução via OAB-PE)