A Polícia Federal, através de sua Delegacia de Salgueiro, vem promovendo ações de identificação e erradicação de plantios de maconha em mais de 10 cidades do Sertão pernambucano. As medidas fazem parte das estratégias adotadas pela Coordenação-Geral de Prevenção e Repressão a Entorpecentes-CGPRE, Órgão Central da Polícia Federal, localizada em Brasília, com o objetivo de reduzir a produção e oferta de entorpecentes.
A Operação Macambira IV contou com um efetivo de mais de 30 policiais entre federais, Polícia Civil (Cabrobó) e militares que trabalharam com incursões terrestres, aéreas e fluviais, além do apoio de duas aeronaves da Coordenação de Aviação Operacional (CAOP) e botes infláveis. Durante a ação ainda foi utilizada uma ambulância do 72° Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército de Petrolina.
A IV Operação foi realizada entre os dias 30 de outubro e 13 de novembro, totalizando 14 dias de ação policial, onde foram erradicados cerca de 125 mil pés de maconha, 73 plantios, 72 mil mudas da planta e apreendido 465Kg de maconha pronta para o consumo. Os plantios foram localizados através de levantamentos feitos pela PF em algumas ilhas dos Rio São Francisco e na região de Orocó, Cabrobó, Belém do São Francisco e Santa Maria da Boa Vista, bem como em áreas de Caatinga em Salgueiro, Carnaubeira da Penha, Serra Talhada, Betânia, Parnamirim, Ibó e Floresta.
O ciclo produtivo da maconha é acompanhado de perto por policiais e quando vai se aproximando o período da colheita novas ações são realizadas, coibindo assim, a secagem e a consequente introdução no mercado consumidor através de pontos de vendas. Desta forma, a região não consegue produzir a droga em grandes quantidades e tem importado a droga do Paraguai, como é é possível perceber no aumento das apreensões feitas pela Polícia Federal de maconha vinda do referido país.
Caso os 125 mil pés de maconha fossem colhidos, prensados e colocados no mercado consumidor, daria para fazer 42 toneladas da droga. Assim, com essas operações consecutivas a Polícia Federal contribui significativamente para o desabastecimento dos pontos de venda de droga no estado, como também, em outros estados da região Nordeste, evitando a escalada da violência, como assaltos, furtos, homicídios, assassinatos, acertos de contas, porque geralmente essas ocorrências giram em torno do tráfico de drogas. Cada ponto de venda de droga desabastecido, significa um foco a menos de violência.