Neurocirurgia: 425 procedimentos cirúrgicos são realizados no primeiro ano de retomada do serviço no HU-Univasf

Oferecer um serviço de neurocirurgia 24 horas por dia com profissionais altamente qualificados a uma população de mais de 2 milhões de habitantes, evitando deslocamentos de pacientes para grandes centros urbanos, é um dos principais objetivos da contratualização promovida pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), com apoio de equipes técnicas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Após um ano de viabilização do serviço, a comunidade hospitalar celebra a marca de 425 neurocirurgias realizadas, potencializando a vocação assistencial e educacional da unidade.

O aumento de 338% na produtividade cirúrgica da especialidade de neurocirurgia, constatado no período de 20 de agosto de 2024 a 20 de agosto de 2025, indica o êxito do processo inédito de contratualização do serviço, justificado pela necessidade de ampliação do quadro de profissionais da área, tendo em vista o perfil de atendimento do HU-Univasf.

A iniciativa também diminui significativamente os riscos associados ao transporte dos pacientes da especialidade para Recife (PE) ou Salvador (BA), por exemplo, reduzindo ainda o tempo de intervenção cirúrgica e os custos financeiros e emocionais dessas movimentações ao fornecer suporte adequado para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) na Macrorregião de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco – Pernambuco e Bahia – a primeira do Brasil.

Demanda hospitalar e atuação multiprofissional

Por ser a única unidade de saúde referenciada para atendimento de pacientes politraumatizados da macrorregião, abrangendo 53 municípios, o HU-Univasf recebe diariamente um elevado volume de pacientes, com taxas de ocupação que ultrapassam a capacidade instalada. Neste sentido, a equipe de neurocirurgia atua em sinergia com as demais equipes hospitalares com foco na maximização da produtividade cirúrgica e do giro de leitos.

“Cabe destacar que, apenas no mês de setembro, fizemos 41 neurocirurgias, operações que demandam toda a equipe do bloco cirúrgico, desde anestesiologistas à equipe de enfermagem, sendo que a maioria desses pacientes necessita de leito de UTI para continuidade do cuidado. Diante do perfil assistencial do HU-Univasf, todos os leitos de UTI são ocupados constantemente, o que nos demanda também o cumprimento de metodologias avançadas de trabalho, em combinação com a reserva da sala cirúrgica, pois o tempo de duração de uma neurocirurgia é em média de 3 a 4 horas” ressalta o chefe da Divisão de Gestão do Cuidado e Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HU, Fabrício Olinda.

Para além dos atos cirúrgicos, o processo assistencial contempla também etapas como o atendimento na emergência, evolução dos pacientes, prescrição de condutas, concessão alta médica, respostas e pareceres em complemento a outras especialidades. Há de se destacar também que os pacientes chegam com necessidade de acompanhamento da equipe multiprofissional, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outras áreas, e muitas vezes também apresentam outras sequelas clínicas, apresentando instabilidades que requerem o acompanhamento de médicos clínicos.

Em função da complexidade das neurocirurgias, a maior parte das abordagens é feita com reserva de leito de terapia intensiva, e, em menos de dois anos, o HU-Univasf duplicou o número de leitos de UTI, saltando de 10 para 20 leitos. Com a elevada procura por atendimentos hospitalares, todos esses recursos são rapidamente alocados para dar vazão ao processo de atenção à saúde, o que possibilita o alcance de resultados que evidenciam a excelência do cuidado, mesmo em um cenário desafiador que apresentado pela configuração da macrorregião de saúde.

“Alcançamos mais de 21 mil procedimentos executados na especialidade de neurocirurgia, envolvendo todo o processo de trabalho pré e pós-cirurgia. Isso se reflete também na qualificação da continuidade do cuidado ao paciente, que precisará futuramente de acompanhamento ambulatorial, então, além dos indicadores numéricos, é o nosso papel garantir a qualidade na assistência ao paciente”, complementa Fabrício Olinda. (Foto:HU-Univasf)

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