O presidente eleito, Jair Bolsonaro, minimizou a investigação de seu futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmado nesta terça-feira (20) para o cargo.
“Tinha uma só investigação que é de 2009 se não me engano. Nem é réu ainda. O que está acertado entre nós? Qualquer denuncia ou acusação que vire robusta não fará parte de nosso governo”, afirmou.
Como revelou a Folha, Mandetta é investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois na implementação de um sistema de informatização da saúde em Campo Grande (MS), onde foi secretário.
A suspeita é de que ele tenha influenciado na contratação de empresas para o serviço, conhecido como Gisa (Gestão de Informação da Saúde), em troca de favores em campanha eleitoral.
O deputado é o terceiro parlamentar do DEM escolhido para compor ministérios do presidente eleito. Da legenda, ele já anunciou como auxiliares Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Tereza Cristina (Agricultura).
O eleito, contudo, nega que a filiação partidária tenha motivado as escolhas.
“Indicação da Tereza Cristina não foi do DEM, foi da bancada da frente parlamentar. A questão do Mandetta, também a bancada da saúde. Não tem nada a ver. O Onyx veio lá atrás. Quando seu partido teve um candidato a presidente, ele esteve comigo”, afirmou, em referência à pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não se confirmou.
A declaração foi feita após visita de Bolsonaro ao TCU (Tribunal de Contas da União). Ele disse ter ido ao órgão por ser um lugar para ‘antecipar problemas’.
“Qualquer coisa mais séria podemos mandar técnicos aqui e eles estarão de portas abertas. Nós queremos antecipar problemas”, disse.
Bolsonaro também anunciou nesta terça que manterá Wagner Rosário à frente da CGU (Controladoria-Geral da União). Ele estudava fundir a pasta ao Ministério da Justiça, mas desistiu da junção.
“Pesou ter mais autoridade para conversar com todos os setores de trabalho”, disse, sobre a manutenção do status de ministério. (Folha PE)