Mais um caso de suspeita de negligência médica no Hospital IMIP/Dom Malam. A adolescente de 14 anos Letícia da Silva Vieira que estava grávida foi informada por médicos da unidade, que o parto seria realizado pelo método cesariano. Segundo informações da madrasta da paciente, Patricia de Souza Rodrigues ao Programa Edenevaldo Alves desta quarta (1), Na ultima sexta feira (26) pela manhã, Letícia foi internada e no outro dia, sábado (27) à tarde, ela começou a sentir contrações e prepararam a adolescente para a sala de pré-parto.
A adolescente começou a receber uma série de tratamentos como exercícios físicos para tentar induzir a ter um parto normal. No momento, um médico que estava no local informou a madrasta que a adolescente estava com 6 dedos de dilatação e que para estourar a bolsa, caso a mesma não aconteça de maneira natural, é de até 10 dedos de dilatação.
Por volta de 20h do Sábado, a madrasta da adolescente recebeu a notícia da morte do bebê. Foi quando começou o terror para a família da adolescente.
“Eu soube da notícia pelo médico Xavier que não soube me explicar o motivo da morte da criança ele só disse que a criança estava morta há 15 dias dentro da barriga da mãe, depois ele passou a responsabilidade do caso para outro médico, o Dr. Ricardo. Esse me disse que examinou o bebê, mas disse que não poderia fazer nada porque ele não cuidou do caso. Fizeram de conta que a situação não estava acontecendo, agora as enfermeiras foram mais prestativas com o caso”, disse a madrasta que contesta a afirmação do Dr. Xavier, pois foi realizada uma ultrassom com resultado de que a criança estava viva.
Outro médico que a família não lembra o nome, fez outro exame e autorizou a liberação do parto cesário. Depois disso a adolescente foi encaminhada para um corredor, onde ficou agonizando sentindo muitas dores porque deram prioridade a ouros casos, que consideravam mais urgentes que este.
Por que demoraram fazer o parto? Letícia gritava que não aguentava mais de dor, ela sofreu da sexta até a madrugada de Domingo implorando alguém para realizar o seu parto. Enganaram a família dizendo que o bebê morreu e no Domingo uma enfermeira foi chamar um médico, que estava “dormindo” e ainda uma funcionária me disse que, se a família sabia tanto da situação da jovem, porque os membros não realizaram o parto em casa? Ela teve a coragem de fazer essa pergunta, relatou Patricia.
A criança quando foi retirada, estava com vários hematomas no rosto. No documento enviado a nossa equipe pela família, está ilegível de compreender a causa da morte do bebê, que é do sexo feminino.
A avó da adolescente, Rosa Patrícia Vieira, lamentou o fato. “Eu fico triste em saber que o IMIP tem estrutura, mas faltam profissionais qualificados. Minha bisneta só morreu porque demoraram fazer o parto em Letícia.
O IMIP enviou uma nota informando que foi aberta uma sindicância para investigar o caso com um prazo de 10 dias para divulgação do resultado. Essa mesma nota foi encaminhada ao blog há 60 dias quando um caso semelhante aconteceu com outra adolescente na cidade de Sobradinho-BA. O fato foi divulgado pelo blog. Relembre clicando aqui.
