O coordenador-geral de Estudos e Pesquisas da Sudene, André Farias, acredita que a viabilização do ramal Salgueiro-Petrolina da ferrovia Transnordestina, que soma quase 300 quilômetros, representará um ganho muito grande para o desenvolvimento regional, tanto do ponto de vista logístico como de redução de custos. Farias é um dos participantes da segunda etapa da série de sete seminários “Conexões Transnordestina – A Ferrovia que Mudará Pernambuco”, iniciativa do portal Movimento Econômico, com patrocínio do governo de Pernambuco e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que está sendo realizada em Petrolina.
Segundo o economista, a obra é relevante também por incluir outros estados do Nordeste na perspectiva de utilizá-la, inclusive o estado da Bahia, que fica próximo a Petrolina. “A Bahia é um grande exportador de açúcar e produtor de álcool, e as frutas em geral do Vale de São Francisco se beneficiam dessa possibilidade do ramal, que nós estamos começando a estudar, mas no curto prazo não sai, mas no médio prazo é extremamente relevante para o desenvolvimento econômico da região”, detalhou.
No evento de estreia do “Conexões Transnordestina”, em Salgueiro, no passado, a Sudene firmou acordo com a UFPE para realizar estudos de viabilidade do ramal ferroviário ligando Petrolina ao entroncamento da Transnordestina em Salgueiro, com entrega prevista até o primeiro semestre de 2026. No seminário, serão analisados traçados, impactos socioambientais e custos.
O ramal facilitaria o escoamento da produção agrícola irrigada do Vale do São Francisco, dando acesso logístico aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE), além de integrar a hidrovia do Rio São Francisco à malha ferroviária.
Para Farias, o ramal Salgueiro-Petrolina, “que ainda está para sair do papel”, enquanto infraestrutura, terá a capacidade de gerar negócios em um futuro promissor. “A Sudene se compromete a estar com vocês à frente dessas discussões. Nós, enquanto instituição, temos instrumentos para apoiar a obra em si e o seu desenvolvimento, com todas as iniciativas que temos de incentivos fiscais, financeiros, do própio FNE, a articulação de outros capitais e outras possibilidades que não apenaso financiamento da obra em si”, disse. (Foto: Elvis Aleluia/Ascom/Sudene).