Jornalistas: o grito do povo em palavras por Rinaldo Remígio

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Todos os dias, a qualquer hora, recebemos notícias. Elas chegam rápidas, quase sem pedir licença: política, economia, religião, cultura, artes, turismo, ciência, educação, saúde… um universo inteiro de informações que não caberia em apenas uma vida. E por trás desse fluxo contínuo de palavras e análises, estão homens e mulheres que assumiram um ofício tão nobre quanto desafiador: o de informar.

Nomes como Magno Martins, Ítala Alves, Romualdo de Souza, Ricardo Noblat, Antonio Magalhães, Carlos Britto, Edenevaldo Alves, Waldiney Passos, Nill Júnior, Júnior Finfa e tantos outros não são apenas profissionais; são guardiões do nosso direito de saber. São eles que nos oferecem o grito que muitas vezes gostaríamos de dar, mas não conseguimos.

O jornalista, o comentarista, o blogueiro… cada um, à sua maneira, transforma fatos em narrativas, números em compreensão, promessas em questionamentos. E, assim, nos ajudam a enxergar além do que a propaganda insiste em mostrar. Não há democracia sem a voz da imprensa — seja nas grandes redações ou nos blogs regionais, cada palavra carrega a responsabilidade de ecoar o que a população sente, sonha e desconfia.

Mas há também um alerta que não pode ser esquecido. Daqui a um ano, Pernambuco e o Brasil viverão mais um ciclo eleitoral. Já começam a surgir as visitas “inesperadas”, as fotos sorridentes ao lado de lideranças locais, os discursos improvisados de amizade e intimidade com o povo. São movimentos que pedem leitura atenta.

Alguns prometem milagres; nesses, é preciso desconfiar. Outros chegam carregando currículos de serviços comprovados; nesses, vale refletir. O papel da imprensa é dar o aviso, levantar a questão, iluminar o cenário. O nosso, como cidadãos, é não apenas ler, mas interpretar.

Por isso, enaltecer esses comunicadores é também reconhecer a importância da consciência popular. Que cada notícia seja mais que uma manchete passageira. Que seja um convite à reflexão. E que, quando for a nossa vez de escolher, escolhamos com a memória e a razão.

Pense nisso.

*Professor universitário aposentado, historiador e memorialista.

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