A Ferrovia Transnordestina deverá entrar em operação em 2018. É o que estima a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), indagada, na manhã desta quarta-feira (17), pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), durante audiência pública da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, que sabatinou Marcelo Bruto Correia e Carlos Fernando do Nascimento para o cargo de diretores da ANTT.
“É preciso que o governo conclua estas obras; elas vão promover a integração do nordeste. Precisamos gerar carga, movimentar a economia e, na nossa região, a infraestrutura antecede a carga”, destacou Fernando Bezerra. Em resposta a questionamentos do senador sobre o andamento da construção das ferrovias Transnordestina e de Integração Oeste Leste (Fiol), Carlos Fernando do Nascimento afirmou que a ANTT está aprimorando o contrato de concessão da Transnordestina para o estabelecimento de um novo cronograma de obras e investimentos.
“Especialistas da Agência estão ´acompanhando com lupa´ a Transnordestina, que está no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, portanto, é uma das prioridades do governo federal”, afirmou Nascimento. Sobre a Fiol, os sabatinados explicaram ao senador Fernando Bezerra Coelho que trâmites burocráticos – especialmente, questões relacionadas a licenciamento ambiental – provocaram atrasos nesta obra, também acompanhada “de perto” pelo governo federal, segundo a ANTT.
A chamada Nova Transnordestina é uma obra ferroviária de quase 1,8 mil quilômetros, que vai ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, além do cerrado do Piauí, no município de Eliseu Padilha. A Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) terá mais de 1,5 mil quilômetros de extensão e estabelecerá a comunicação entre o Porto de Ilhéus (BA) e as cidades baianas de Caetité e Barreiras como também o município de Figueirópolis, no Tocantins, ponto de interligação da Fiol com a Ferrovia Norte Sul (FNS).