Idosos estão bebendo mais, apontam estudos; saiba o motivo

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    Um em cada quatro brasileiros (23,7%) com 60 anos ou mais consome álcool. Além disso, 6,7% (aproximadamente 2 milhões de idosos) relatam consumir diversas doses de uma só vez, formando um padrão de consumo abusivo e extremamente prejudicial conhecido como binge drinking. E 3,8% (mais de 1 milhão) costumam beber, em uma semana típica, entre 7 a 14 doses por semana, quantidades que podem colocar em risco sua saúde.

    As informações são de um estudo conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicado nas revistsa científicas Substance Use & Misuse e BMJ Open. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, os números mostram que o consumo de bebidas pelos idosos no Brasil pode ser considerado um problema de saúde pública. E esse cenário não é exclusivo do Brasil.

    Nos Estados Unidos, as autoridades de saúde pública também estão cada vez mais alarmadas com o consumo de álcool dos idosos. O número anual de mortes relacionadas com o álcool de 2020 a 2021 ultrapassou 178 mil, segundo dados divulgados recentemente pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Isso representa mais mortes do que todas as overdoses por drogas combinadas.

    Nos EUA, levantamento também mostra que os consumidores mais velhos são muito mais propensos a beber com frequência, 20 dias ou mais por mês, do que os mais jovens.

    Estudos mostram que a pandemia claramente desempenhou um papel importante no aumento de casos de consumo excessivo de álcool.

    Os pesquisadores também citam um fenômeno chamado efeito de corte, isto é, variações nos resultados do estudo em grupos específicos. Os boomers (pessoas nascidas entre as décadas de 1940 e 1960) são uma geração que “usa mais substâncias”, em comparação com aqueles que vieram antes e depois deles, e parecem não abandonar seu comportamento juvenil.

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