Delegado plantonista de Petrolina revela situação crítica das delegacias locais e em todo estado de Pernambuco

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    As delegacias do interior de Pernambuco há anos apresentam falhas na estrutura física e são alvos de críticas por representantes da classe. Segundo a Associação dos Policiais Civis de Pernambuco (Aspol/PE), depois do fechamento da delegacia de Garanhuns, outras podem seguir o mesmo caminho, pois já não apresentam condições mínimas de trabalho.

    A situação vem à tona também através de denúncias de delegados, agentes e escrivães da Polícia Civil, que alegam viver a pior crise da segurança pública do estado.

    Segundo o Delegado Plantonista de Petrolina, Daniel Moreira, depois de várias conversas com os policiais, o governo não apontou soluções para evitar a crise.

    “O governo vem se mostrando intransigente em não reconhecer as reivindicações da categoria, alegando limites na lei de responsabilidade fiscal”, disse.

    No ultimo movimento realizado pelos policiais, a categoria decidiu entregar o Programa de Jornada extraordinária e apenas 40% do efetivo está realizando suas funções e com isso, muitos policiais deixaram de trabalhar nas delegacias nos finais de semana e à noite, inclusive delegados que ficam de plantão.

    No momento em que Petrolina apresentou a taxa de homicídios com um aumento de 40% em relação ao ano passado, o governo retirou a delegada que cuida dos casos de assassinatos.

    “A delegacia de homicídios em Petrolina está sem delegado, não só aqui, mas em Afrânio e Dormentes também. Ficou apenas um delegado na unidade do Ouro Preto e Centro” revelou o delegado.

    A situação deverá ficar ainda complicada, já que ocorrências das cidades do Sertão Central e Araripe, Ouricuri, Serrita e Salgueiro estão sendo registradas em Petrolina por conta da falta de delegados e agentes de plantão nessas delegacias.

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