Cremepe entrará com Ação Civil Pública e pedido de interdição do Hospital Universitário

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    silvio

    Durante a tarde desta quinta-feira (16), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) realizou uma fiscalização no Hospital Universitário de Petrolina. A ação foi demandada pelo Ministério Público Federal e dos profissionais que trabalham na unidade.

    Diante da crise do Hospital que é dirigido pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), ligada à Univasf, várias especialidades foram encontradas no plantão, como a falta de medicamentos como antibióticos e até anestésicos para a realização de cirurgias. Drogas importantes da UTI como Midazolam e Fentanil, que são utilizados para a sedação de pacientes, estão em falta e os funcionários aplicam outras substâncias que são inapropriadas.

    “Todos estavam no plantão, mas ninguém estava trabalhando porque não tinha anestésicos e todas as cirurgias estavam sendo adiadas por falta de anestesias importantes, porque ninguém vai fazer anestesias sem o medicamento adequado para este tipo de procedimento”, confessou o presidente do Cremepe Sílvio Rodrigues.

    Um relatório está sendo elaborado pelo Cremepe que deverá apontara falta de realização de cirurgias, onde pacientes ainda aguardam a realização do procedimento e a espera de alguns dura seis meses.

    “Nós falamos com vários pacientes e confirmamos no prontuário médico a quantidade de cirurgias adiadas. Tem uma criança de 6 anos de idade com uma fratura no antebraço que está esperando no corredor e já teve a cirurgia adiadas duas vezes. Ela corre risco de ter sequelas no antebraço”, relatou o presidente do Cremepe.

    A falta de antibióticos e medicamentos na unidade hospitalar, será debatido pelo Cremepe que irá pedir novamente a interdição ética do Hospital Universitário, onde o profissional que trabalha na unidade não poderá realizar as suas funções. O Conselho também deverá realizar uma plenária para dar entrada em uma Ação Civil Pública na próxima semana pelo motivo dos insumos hospitalares que deverão ser adequados num prazo de dez dias. A falta de medicamentos e a não realização de cirurgias vasculares e de traumatologia fará também o Cremepe abrir uma sindicância para verificar quem são os responsáveis por deixar faltar medicação.

    “Além da Ação Civil Pública, nós vamos abrir uma sindicância e queremos que sejam reabastecidos o mais rápido possível os insumos adequados para manter as cirurgias dos pacientes, porque quando se tem uma gestão organizada, não se deve deixar faltar medicamentos. Temos que investigar como estão sendo repassados os recursos para abastecer a unidade sem déficit de  antibióticos e anestésicos”, finalizou Sílvio Rodrigues.

     

     

     

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