Seis anos após receberem aval para realizar harmonização orofacial em consultório, a partir do uso de toxina botulínica —o famoso botox— e ácido hialurônico, os dentistas serão agora habilitados a fazer alguns tipos de cirurgia plástica no rosto.
Procedimentos bastante populares que podem ser permitidos são:
Rinoplastia (modifica a forma, o tamanho ou as estruturas do nariz);
Lifting facial (ritidoplastia): para suavizar os sinais do envelhecimento no rosto;
Alectomia: técnica considerada mais simples para “afinar o nariz”;
Otoplastia (cirurgia de ”orelha de abano”): para corrigir imperfeições no formato ou tamanho das orelhas;
Blefaroplastia: técnica que “levanta” a pálpebra caída e corrige bolsas de gordura ao redor do olhos;
Queiloplastia: para modificar formato, volume e contorno dos lábios.
De acordo com o presidente do CFO (Conselho Federal de Odontologia), Claudio Miyake, a liberação vai ocorrer de forma gradual a partir de uma habilitação específica que está em fase final de formulação.
Conselho de medicina “vê risco à saúde”
O anúncio do CFO deve abrir uma nova frente de batalha pelo controle do setor de cirurgias e procedimentos estéticos faciais no Brasil.
O CFM (Conselho Federal de Medicina) já contesta na Justiça a resolução CFO 198/2019, que reconhece a prática da harmonização orofacial como uma especialidade odontológica.
Por enquanto, a Justiça tem sido favorável à categoria. Em novembro passado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região reafirmou a competência dos cirurgiões-dentistas para realizar tais procedimentos.
O Brasil tem 426 mil profissionais de odontologia registrados no conselho.
Em nota à reportagem, o CFM afirmou “ver com preocupação os avanços das demais profissões da área da saúde sobre os atos privativos do médico estabelecidos em lei, colocando em risco a saúde e vida da população”.
A entidade informou ainda que procurará o diálogo para melhor entendimento. (Viva Bem Uol/Foto: Getty Images)