A Pernambucana da cidade de Sertânia, Cristina Amaral, concedeu entrevista ao Blog Edenevaldo Alves, que aproveitou a sua visita à Petrolina para contar como começou suas atividades artísticas ainda criança quando fez parte de um grupo jovem e cantava em templos da Igreja Católica.
Cristina, fala quando foi convidada a participar da Orquestra Marajoara como vocalista, e quando ingressou no Grupo Os Tropicais onde dividiu o palco com Flávio José durante alguns anos e do seu sucesso atual, já consagrado no cenário nacional.
Em 1990, a cantora embarca em sua carreira solo e revela paixões por artistas nacionais e regionais e sobre o lançamento do seu novo DVD em breve.
A artista Já participou do maior bloco carnavalesco do mundo, o galo da madrugada, no Recife com o trio da acessibilidade e já recebeu o título de embaixadora dos direitos humanos.
Confira a entrevista:
Blog – Como teve início a sua carreira e a sua paixão pela música nordestina e popular brasileira?
CA – Eu nasci com o dom já de cantar e comecei na escola mesmo, desde pequena com a ajuda de professores, participei em shows de calouros, na igreja católica e me descobriram e então, comecei a fazer marajoara lá em Sertânia. Gravei com Flávio José um disco no Rio de Janeiro nós cantávamos juntos e depois fui fazer carreira solo e estou até hoje fazendo o que gosto.
Blog – O que os ritmos musicais que compõem a música de raiz, lhe trazem como inspiração para cantar?
CA – Eu acho que todo artista não tem como escapar da sua raiz, já está no sangue. E nós temos uma diversidade de ritmos grandiosos, meu pai, minha mãe já amanhecia ouvindo trio nordestino Luiz Gonzaga Jackson do pandeiro, então eu cresci com o forró. Eu também cresci ouvindo MPB me inspirei muito em Gal Costa, Elis Regina.
Blog – Em 2009 você gravou um DVD com o título minha vida é um circo, com as participações de Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, entre outros. O que esse trabalho representa para a sua carreira?
CA – Eu sonhava em cantar no circo e quando algum chegava a minha cidade, era a oportunidade de ver os artistas. Luiz Gonzaga fazia muito circo, Genival Lacerda, então vendo os shows, aquilo me dava muita vontade de cantar. Eu armei o meu circo, convidei os meus amigos, incluindo Elba Ramalho, que me deu muitas oportunidades, já participei de um DVD dela, além de Petrúcio Amorim, Maciel Melo, então neste projeto eu quis mostrar um pouco da minha vida, do que eu gosto de fazer.
Blog– Qual foi o projeto mais importante da sua carreira?
CA – A lista é imensa, mas o projeto do segundo DVD: “minha voz, minha vida”, que fizemos no parque Dona Lindu com a participação de Genival Lacerda, Lucy Alves, Lia Sophia de Belém do Pará, César Amaral foi maravilhoso e marcante, foi mais um sonho realizado.
Blog – Como é cantar o ritmo que você gosta numa pluralidade musical com gosto para tudo? É difícil disseminar a cultura de raiz em meio a tanta poluição sonora?
CA – As coisas vão mudando e o novo sempre as pessoas querem ter a curiosidade de conhecer. Hoje em dia a briga por ibope é muito grande, e isso fortalece muito, principalmente a TV e o rádio. A realidade é perceptível, quando observamos a música boa e de qualidade sendo deixada para trás. As pessoas que consomem músicas de fácil refrão, por exemplo, e de duplo sentido são de um nível menos elevado. Mas os artistas do passado como Gil, Caetano Betânia, já são consagrados naturalmente e esses artistas e suas músicas permanecem, nunca vão morrer, eles têm o seu espaço, agora a persistência é grande.
Blog – Quais são os seus próximos projetos?
CA – Estou com o projeto Ângela Maria, em que canto suas músicas, já que achava Ângela Maria a coisa mais fantástica e admiro sua voz e seu exemplo na música brasileira, mas agora estamos focado em lançar o DVD com previsão para Junho e Petrolina será contemplada.
Para saber mais sobre Cristina Amaral acesse: www.cristinaamaral.com.br