O número de interrupções no fornecimento de energia causadas por pipas em contato com a rede elétrica cresceu aproximadamente 30% no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da Neoenergia Pernambuco. De janeiro a junho, foram registradas 532 ocorrências no Estado, com interrupção média de 3,98 horas para mais de 157 mil clientes. No mesmo período de 2024, foram contabilizadas 341 ocorrências, com média de 4,52 horas de falta de energia para 121 mil consumidores.
“Temos desenvolvido um planejamento estratégico para o atendimento cada vez mais rápido nesses casos, o que fica claro quando comparada a média de tempo sem energia dos dois anos, caindo 22%. Porém precisa haver uma conscientização da população que este é o tipo de brincadeira que não tem como ser feita próximo à rede de distribuição de energia elétrica, seja por risco de acidente ou por interferir diretamente no fornecimento de energia de milhares de pessoas”, afirmou o gerente operacional, Aldo Bezerra.
Apesar de ser uma brincadeira comum nos meses de ventos fortes, como este mês de agosto, soltar pipas próximo à rede elétrica representa riscos sérios. Quando entram em contato com os cabos de energia, elas podem provocar curtos-circuitos, danificar transformadores e até romper a fiação, causando acidentes com a população. Além disso, este tipo de situação pode afetar diretamente o fornecimento de energia, deixando bairros inteiros sem eletricidade. Em alguns casos, os materiais usados na fabricação da pipa — como papel laminado, fios metálicos ou cerol — agravam ainda mais o risco.
“A principal orientação é soltar pipas longe da rede elétrica, em locais abertos como praias, campos e parques. Isso evita situações perigosas e garante a segurança da população e a continuidade do fornecimento de energia”, afirma Mário Coutinho, analista de Saúde e Segurança da Neoenergia Pernambuco.