Articulação Popular São Francisco Vivo define novos passos e lança Carta aberta às autoridades e à sociedade

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    Depois de quatro dias reunida no Centro de Formação de Líderes de Bom Jesus da Lapa (BA), a Articulação Popular São Francisco Vivo encerrou, na manhã do domingo, 31 de maio o seu IV Encontro, que se propôs a avaliar seus 10 anos de atuação e planejar as ações prioritárias de agora em diante.

    Com base nas discussões e propostas, a partir de rodas de conversas e plenárias realizadas nos dias anteriores, as representações do Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco, entre eles Petrolina e Juazeiro se reuniram no início da manhã para encaminhar sugestões à plenária final.

    Foram discutidos e aprovados o formato da organização regional e geral da Articulação, as formas de sustentação e as prioridades da luta. A partir do mês de julho será encerrado o apoio financeiro da entidade alemã Misereor e as organizações que hoje compõem esta rede em defesa do São Francisco decidiram que as ações que vêm sendo desenvolvidas devem ter continuidade.

    Ao final do debate foi definido que a partir de agora a Articulação Popular São Francisco Vivo atuará prioritariamente na defesa da Água em quantidade e qualidade em toda a Bacia, realizando denúncias e atuando pela Moratória para a Bacia do São Francisco, a fim de que se recuperem seus mananciais. Serão também reforçados os Núcleos da Cidadania em ações voltadas para revitalização, em particular, o saneamento hidroambiental.

    Já em nível local, as regiões definiram linhas e metas de acordo com cada realidade, levando em conta o trabalho que já vem sendo feito ao longo desses anos, a exemplo da continuidade da defesa da terra e dos territórios.

    Os 78 participantes do Encontro, representando 58 movimentos populares, pastorais, ONG’s, sindicatos, associações e escolas, aprovaram na plenária final a Carta de Bom Jesus da Lapa, rememorando os 10 anos, trazendo as reflexões do encontro e reafirmando “O Rio precisa, a caminhada segue”.

    Antes de retornar às suas casas, os/as ribeirinhos se dirigiram à beira do Rio, onde participaram da celebração de encerramento. Liderados pelos Pankará e Kariri-Xocó dançaram um toré agradecendo as dádivas do rio e se comprometendo em defendê-lo, com as bênçãos dos Encantados de todos os povos que desde sempre o habitaram e preservaram. Decretaram, como consta na Carta final do encontro: “nem que seja de choro e suor, de tamanha gratidão e luta, queremos com água encher nosso Velho Chico!”.

    Leia a carta na íntegra clicando aqui.

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