Apontado como líder de uma quadrilha voltada para o tráfico de drogas, Cláudio Petrônio Gomes de Moura, conhecido como Paulista, de 41 anos, foi preso em Caruaru (PE).
Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), o suspeito estava foragido há mais de um ano e era considerado “alvo prioritário” de Pernambuco. O termo usado para designar os criminosos mais procurados do Estado.
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Paulista entrou na mira das autoridades após uma batida policial encontrar cerca de 150 quilos de maconha em um sítio, em São Caetano, no Agreste, em 28 de setembro de 2023. O local, de propriedade do suspeito, ficava nas proximidades da BR-232.
Após investigação, a Polícia Civil descobriu que haveria outro depósito de drogas, desta vez na área rural de Tacaimbó, que seria ligado ao mesmo grupo. Os investigadores conseguiram localizar o segundo imóvel, que tinha até a mesma rede de wi-fi do primeiro.
Na chácara, foi apreendida quase uma tonelada de maconha. Também havia uma pistola e 21 munições de calibre .38, além de um carregador 9 milímetros. Um casal foi preso em flagrante no local.
Em depoimento, um dos presos apontou que a droga pertencia a Paulista, que morava em São Paulo e ia visitar o local uma vez por mês. Alvo de um mandado de prisão preventiva em janeiro de 2024, no entanto, o suposto líder da quadrilha estava foragido desde então.
No pedido de prisão, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirma que Paulista seria um “indivíduo de elevada periculosidade” e a sua liberdade representava “ grave e concreto risco à garantia da paz e ordem pública”.
Prisão
O setor de inteligência da Polícia recebeu informação de que Paulista estava escondido há cinco anos em Araras, no interior de São Paulo, e teria retornado para Caruaru na quarta-feira (12).
Segundo as informações coletadas pelos investigadores, o traficante só passaria alguns dias com a família no Agreste e retornaria a São Paulo. Os policiais, então, passaram a montar campanas em alguns endereços em Caruaru, Tacaimbó e São Caetano.
Na quinta, os agentes perceberam quando um menino, filho do foragido, apareceu na varanda em um prédio, localizado na Avenida Jangadeiro Juvêncio, no bairro Nova Caruaru. A aparição confirmou a suspeita dos policiais, que continuaram aguardando no local.
Paulista foi abordado ao chegar de carro, um Volkswagen T-Cross, por volta das 16h50. Acompanhado da mulher, ele ainda teria apresentado um documento falso, em nome de Ricardo da Silva Barros, motivo pelo qual também foi autuado em flagrante.
Ele é réu por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Em interrogatório, optou por permanecer em silêncio.