Após dados alarmantes da violência em Pernambuco, oposição relata fracasso de ações adotadas por Paulo Câmara

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A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) reagiu aos dados da violência, divulgados pela Secretaria de Defesa Social do Estado na última quarta-feira (15). O colegiado classificou o período como “o ano mais violento de toda história”, com 4.576 assassinatos em dez meses de 2017. De acordo com o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada, os números refletem a falta de uma política pública de segurança e o fracasso das ações pontuais adotadas pelo Governo do Estado.

“Os dados da própria SDS mostram a incapacidade do governo Paulo Câmara de combater a criminalidade. Já estamos no terceiro secretário de Defesa Social sem que nenhuma uma política de segurança tenha sido apresentada à sociedade. Nos últimos 12 meses foi registrada uma média de 57,6 mortes a cada grupo de 100 mil habitantes, quase seis vezes o máximo tolerado pela ONU (10/100 mil). A situação fica mais crítica a cada dia por causa da resistência do governo em aceitar sugestões”, criticou o parlamentar.

Silvio Costa Filho ainda destacou não só os números de homicídios, mas outros indicadores de criminalidade que, segundo ele, “mostram a situação de abandono que o povo pernambucano enfrenta”. “Não adianta mudar a metodologia na divulgação dos índices de violência, diminuir a transparência e camuflar o debate, os números apenas confirmam o que a população sente nas ruas, que é o crescimento dos assassinatos, dos assaltos a ônibus, dos casos de roubos e furtos e da violência contra a mulher”, disse.

O líder da oposição ainda afirmou que é importante que o governo reconheça a gravidade da situação e retome o diálogo com a sociedade. “Esperamos que o governador Paulo Câmara reconheça que as ações de seu governo não estão dando resultados e que ele tenha a humildade de ouvir quem está disposto a contribuir para mudar esse quadro, como os deputados da oposição, a OAB, Ministério Público, movimentos sociais, religiosos e o mundo acadêmico”, defendeu.