A exploração de energia solar pode ser uma importante alternativa econômica para o nordeste brasileiro e, ao mesmo tempo, uma solução para o abastecimento energético de todo o país. Foi esta a defesa que Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) – presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) – fez na Tribuna do Senado, na manhã desta sexta-feira (19).
“No Brasil, o potencial de geração de energia solar é enorme. E aqui destaco um projeto pioneiro executado no meu estado de Pernambuco, que tem feito um excelente trabalho de incetivo à geração e ao uso de energia solar”, destacou o senador, ao lembrar que Pernambuco foi o primeiro estado a promover, em dezembro de 2013, leilão para a contração de 92 Megawatts de energia solar. “A medida, inclusive, inspirou o governo federal a também fazer o mesmo”, completou.
Em Pernambuco, a italiana EGP (sigla para Enel Green Power), em parceria com o governo estadual, coordena a implementação do Parque Solar da EGP, que terá potencial instalado de 11 Megawatts. Quando totalmente instalado, o parque irá abastecer prédios públicos e cerca de 90 mil residências.
Na avaliação de Fernando Bezerra, é essencial que o Brasil direcione esforços para a produção de energia limpa, com incentivos tributários e realizações de leilões – a exemplo de Pernambuco. De acordo com o parlamentar, esta nova matriz energética possibilitará a preservação da água – muito utilizada na geração de energia hidrelétrica – para outras finalidades e, ainda, poderá gerar mais riqueza e distribuição de renda para as regiões que precisam se desenvolver.
ALEMANHA – Semana passada, Fernando Bezerra Coelho esteve na Alemanha, a convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), representando o Congresso Nacional na Conferência Intersolar Europe 2015, um dos mais importantes encontros mundiais neste segmento. Os alemães ocupam o primeiro lugar no ranking mundial em utilização de placas fotovoltaicas para captação e acumulação de energia solar.
O senador também ressaltou a importância do envolvimento do Congresso Nacional nesta discussão. “É nosso dever, é nossa obrigação, como integrantes do parlamento brasileiro, abrirmos o debate sobre outras formas de produzirmos energia limpa em nosso país. Não podemos, em nome de uma crise econômica que esperamos ser passageira, deixarmos de discutir estratégias para as décadas seguintes”, afirmou.