“Cortejo afro foi excluído do Carnaval de Petrolina”, diz coordenador do bloco

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“O cortejo afro foi excluído do carnaval de Petrolina”, revela o coordenador do Cortejo Afro Carnavalesco, Antônio Matos.

Segundo o coordenador, a manifestação cultural de matriz africana, não foi contemplada e a questão de apoio ao bloco teria sido negado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte.

“Fomos excluídos e estamos abertos ao diálogo com Miguel Coelho. É a primeira vez que o cortejo afro não vai adentrar no carnaval de Petrolina. O que seria mil ou dois mil reais de apoio da prefeitura?”, questiona o coordenador.

De acordo com Antônio Matos, o cortejo afro precisa de apoio para a locação de trios, de ônibus para conduzir os terreiros até o circuito do carnaval e de recursos para construção do carro alegórico utilizado pela religião, além da compra de materiais como água de cheiro, flores., que no total custaria de R$ 10 mil a R$ 12 mil reais.

“Querem colocar um montante de dez pessoas na rua e essa logística não existe. Isso é discriminar, excluir, destratar e não reconhecer os povos de terreiro, isso é inadmissível. Excluir os povos de terreiro, é negar os valores culturais”, disparou.

Os povos de terreiro solicitaram um diálogo com o prefeito Miguel Coelho e e a Secretária de Cultura, Turismo e Esporte, Maria Elena para a resolução do impasse.

Caso não haja um acordo, o grupo irá acionar o Ministério Público, embasados na Lei que inclui a valorização dos artistas locais, criada e aprovada pelos vereadores da Casa Plínio Amorim.

Em resposta, o prefeito Miguel Coelho deixou evidente durante a coletiva de lançamento do carnaval realizada nesta quarta-feira (15), que “a prefeitura não entrará mais com dinheiro e patrocínio para nenhum bloco”.

“O que for de apoio de infraestrutura, ou de qualquer outra forma, nós estaremos dispostos a conversar e ajudar, mas investir financeiramente, a prefeitura não tem condições”, afirmou Miguel Coelho.