Sindunivasf divulga nota sobre a deflagração da greve docente

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SindUnivasf divulgou neste sábado (05), uma nota onde pontua as pautas de reivindicações que levaram a classe docente da deflagrar greve na última sexta-feira (03). Confira a nota na íntegra:

“Desde 2012 que os professores da Univasf, através de sua Seção Sindical (SindUnivasf) está em estado de greve, reivindicando mais investimentos para melhores condições de trabalho (ensino, pesquisa e extensão), carreira justa e reposições de perdas salariais. Até 2015, por meio de debates, assembleias, panfletagens, congressos, paralisações, prosseguimos com estas reivindicações, novamente integrando uma greve nacional da educação. Após o golpe parlamentar que permitiu a ascensão do governo Temer, foi acelerado e intensificado os ataques aos direitos não apenas no âmbito das universidades ou da educação, mas dos próprios direitos sociais dos trabalhadores e da população em geral. São alarmantes algumas medidas proposta como:

– PEC – Proposta de Emenda Constitucional que congela as despesas do Governo Federal, por 20 anos, corrigidas no máximo pela inflação com impactos devastadores nos serviços públicos e sobremaneira sobre os investimentos em saúde e educação, além de ter efeitos deletérios sobre o poder aquisitivo real do salário mínimo;

– A (contra)reforma do ensino médio, arbitrariamente imposta por Medida Provisória, que ignora a comunidade de educadores, professores, pesquisadores e principalmente estudantes no acesso irrestrito ao patrimônio educacional representado pelas áreas de Artes, Educação Física, Sociologia e Filosofia, negando também toda uma discussão acumulada no Conselho Nacional de Educação. Todas as pessoas devem ter seu direito de acesso à educação da melhor qualidade, laica, gratuita e pública!;

– Redução e abandono da área de ciência e tecnologia, seja por meio da extinção do Ministério de Ciência e Tecnologia, seja pelos cortes na manutenção mínima nos investimentos da pesquisa, em particular as bolsas. Destas, as bolsas de iniciação científica desempenham um papel importante no desenvolvimento e investimento no talento dos estudantes como também contribui para sua permanência na universidade. Em pleno século XXI, um governo ilegítimo pode lançar o Brasil em patamares de profundos atrasos do ponto de vista científico e do desenvolvimento tecnológico;

– Anúncio de Reformas Previdenciária e Trabalhista não para melhorar nosso acesso aos direitos, mas para torná-los ainda mais difíceis, vulneráveis ou mesmo extintos. Os aposentados e aposentadas serão particularmente prejudicados;

Diante te tal quadro, as Assembleias dos Professores da Univasf, organizadas pela SindUnivasf, tem ao longo de 2016 avaliado que a sociedade está reagindo fortemente a tais iniciativas do Governo Federal, antes e particularmente após o golpe parlamentar. Assim sendo, a partir da assembleia de 11/10/2016, @s docentes da Univasf vem considerando a deflagração de uma greve em nossa instituição, certamente por uma pauta interna – dada as demandas de cada campus – mas principalmente considerando a deflagração de uma greve geral nacional (com trabalhadores e sindicatos quer do setor público como privado). Assim, foi definido que a data-limite para deflagração de greve de professores na Univasf seria 9/11. Em 18/10, em assembleia no campus Petrolina, foi definido que até lá faríamos um dia de paralisação por semana, sempre realizando assembleia com avaliação da manutenção do dia 9/11 ou sua antecipação.

Na assembleia de 3/11/2016, a plenária deliberou antecipar a deflagração da greve (que estava prevista para o dia 9/11), por tempo determinado. Além da greve imediata acordou-se em prosseguir com o movimento de acompanhar as paralisações nacionais de 11 e 25 de novembro. Diante do aumento da resistência aos propósitos regressistas e retrógrados em curso do governo federal e no legislativo, houve um entendimento que o atual cenário urge por ações que visem criar e ampliar a pressão imediata contra o retrocesso, sobretudo quanto a PEC 241 (agora, PEC 55).

Nesse sentido, a principal pauta da greve está associada a PEC e tem como prazo de término a oficialização dessa Proposta nas instâncias do Governo Federal.

Cada dia mais escolas e instituições de ensino superior estão ocupadas e mobilizadas, mais e mais universidades indicam greve e se fortalece a grande mobilização nacional para o dia 11 de novembro.

Nenhum direito a menos. Pelo futuro do país, da educação e da Univasf que nós lutamos.”