Pernambuco registra queda de emprego no mês de Abril

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    As maiores reduções de vagas de empregos no mês de abril foram registradas nos estados de Pernambuco (perda de 20.154 vagas) e Alagoas (13.269 postos de trabalho a menos), de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a queda nesses estados foi puxada pelo setor de produtos alimentícios em atividades ligadas ao ramo de fabricação de açúcar em estado bruto.

    Depois de Pernambuco e Alagoas, vem o Rio de Janeiro, com queda de 12.599 vagas, resultante dos setores de serviços e indústria de transformação. Em São Paulo, que teve redução de 11.076 postos, o decréscimo foi puxado pelo comércio.

    Os estados que elevaram o número de empregos formais foram Goiás, com aumento de 2.285 postos, seguido do Distrito Federal (1.053), Piauí (612), de Mato Grosso do Sul (369) e do Acre (95).

    De acordo com os dados do Caged, o mês de abril registrou redução de 97.828 postos de trabalho com carteira assinada em todo o país. O número representa uma queda de 0,24% com relação ao mês anterior. No período, ocorreram 1.527.681 admissões e 1.625.509 desligamentos. Nos últimos 12 meses a redução de postos de trabalho chega a 0,64% e no acumulado do ano, a 0,33%, o que representa 137.004 postos a menos.

    “A nossa expectativa é que, até o mês de junho, possamos retornar o processo de geração de novos postos de trabalho. A economia brasileira atingiu um desenvolvimento de tal monta que ela está aí, vigorosa. Esse momento nos preocupa e o governo, pelas medidas que toma, vai retomar esse processo”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, durante a divulgação dos dados em Florianópolis.

    Em relação ao que pode ter causado a queda no mês de abril, a maior registrada entre 2003 e 2015 para período, o ministro disse que o país passa por um momento de crise política em que há um discurso radical no sentido de criar uma situação adversa. “Isso causa efeitos na economia. Pessoas deixam de adquirir um bem de consumo, um carro, um apartamento ou um empresário deixa empreender, e isso, claro, prejudica o desenvolvimento da economia”. O ministro ressaltou a criação de empregos, assim como o aumento do salário mínimo gerando renda familiar, mas lembrou que o período de estagnação reduz o poder de compra. “Isso tudo cria uma certa apreensão, mas que será superada na medida em que a população entender que não há nenhum risco de que o Brasil venha a regredir.”

    Segundo o ministério, a redução de vagas nas nove áreas metropolitanas foi 0,38%. Em números absolutos, isso representa uma perda de 63.307 empregos formais. Na análise das regiões, o Centro-Oeste, gerou 421 postos. O Nordeste foi a região que registrou a maior queda, com 44.477 postos a menos.

    Na análise dos setores, a queda no número de emprego na indústria de transformação foi resultado da diminuição de vagas em dez dos 12 segmentos que integram a área. O setor teve a maior queda em números absolutos, com redução de 53.850 postos de trabalho formais, o que representa uma redução de 0,65% com relação ao mês anterior. As indústrias de produtos alimentícios, mecânica, de material de transporte e metalúrgica foram as que registraram números negativos. No setor de serviços, as principais reduções foram registradas nos ramos de serviços de comércio e administração de imóveis, serviços de alojamento e alimentação e instituições financeiras.

    Dos oito setores analisados pelo ministério, a agricultura foi o que registrou expansão no número de empregos com carteira assinada. Foram mais de 8,4 mil postos registrados o que representa um aumento de 0,55%. O crescimento, segundo o Caged, ocorreu em função do bom desempenho de atividades ligadas ao cultivo de café, assim como das atividades de apoio à agricultura e de cultivo da cana-de-açúcar.

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