Responsável por coordenar o orçamento do Estado, o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, faz um balanço pouco otimista do crescimento das contas públicas abaixo da inflação. “São três anos de orçamento negativo. Uma vez que a atividade econômica não responde, o Estado não produz nada. E ele arrecada o que a atividade econômica produz. Nós temos visto é desemprego, é inflação, é desesperança. Estamos tentando mudar. Infelizmente”, afirmou.
Segundo Stefanni, Pernambuco tem um teto de investimento da ordem de R$ 2 bilhões no próximo ano. A expectativa, porém, só vai se realizar se houver dinheiro. Nos últimos anos, o Estado tem batalhado pela liberação de operações de crédito, o que não tem se concretizado.
“No último ano, nós fizemos R$ 1,3 bilhão. No presente ano nós já fizemos R$ 700 milhões. E vamos aguardar o final do ano para saber quanto deu. Deve bater fácil R$ 1 bilhão. E no ano que vem, como eu disse aqui, é a maior parte com recursos próprios”, explicou o secretário.
Segundo Stefanni, a prioridade é a manutenção dos serviços básicos e o pagamento da folha de pessoal.
TETO DE GASTOS
Questionado se a proposta de teto de gastos públicos da União afeta a projeção do orçamento pernambucano, o secretário lembrou que a nova regra não será replicada imediatamente para os Estados. “O que pode prejudicar são repasses. A tabela do SUS não é corrigida há muito tempo. Se você coloca que ela não pode não ser corrigida, isso afeta o Estado porque não haverá a correção, que não houve já há dez anos”, queixou-se Stefanni. (JC Online)