Mesmo sem ter como objetivo, Daniel Alves aceita ser o capitão da Seleção

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Jogador mais experiente na primeira lista de Tite como treinador da Seleção, o juazeirense Daniel Alves se colocou à disposição para carregar a braçadeira de capitão contra Equador e Colômbia, nos dias 1º e 6 de setembro, após Neymar renunciar ao posto após o título olímpico. Apesar de não colocar o “cargo” como prioridade, ele destacou que sempre estará pronto para servir o Brasil.

Em entrevista ao “Seleção SporTV”, o lateral do Juventus, da Itália, disse que a responsabilidade de vestir o uniforme da seleção brasileira vai além das partidas. O jogador de 33 anos espera usar a sua experiência para cada vez mais contribuir com os seus companheiros dentro de campo. Daniel Alves já tem no seu currículo duas participações em Copas do Mundo (2010 e 2014) e o títulos da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009 e 2013.

– Eu sempre estou preparado para o que a vida me oferecer. É assim que eu vou levando a minha vida, que eu cresci e aprendi. São as experiências que te fazem melhorar. Não é uma preocupação. Não aumenta ou diminui o meu comprometimento o fato de eu ser capitão da seleção brasileira. Estou sempre preparado para servir o Brasil, para servir a comissão técnica. A responsabilidade de servir a seleção brasileira sempre vai além das partidas com um bom papel. O papel que faço na seleção brasileira desde que comecei a ser convocado vai além de ser capitão. Eu vou sempre tentar contribuir (…). As pessoas param para ver os jogos e precisamos nos dedicar. Esse é o meu compromisso com a seleção brasileira.

Daniel Alves fez questão de defender o atacante Neymar, que após o duelo contra a Alemanha discutiu com um torcedor que estava na arquibancada do Maracanã. O lateral lembrou que Neymar está recebendo muita pressão por ser o principal jogador da seleção brasileira, com apenas 24 anos, e esse tipo de reação é normal para um jovem.

– Foi uma carga muito grande. Ele ainda é um moleque e carrega uma responsabilidade muito grande. Em algumas oportunidades cria essa sensibilidade. Eu não preciso defendê-lo nas atitudes negativas ou positivas. O que eu tenho para falar para ele, eu falo. O que eu preciso aconselhar, eu aconselho e o que tenho para elogiar, eu elogio. Essa carga grande está criando essa sensibilidade. Mas o Ney é um bom garoto e é muito humilde. Ele é só um garoto lutando por um sonho. Tem muita pressão nele. Gostaria ver outras pessoas com a mesma pressão para saber como reagiriam. Eu sempre fico com a parte mais humana do Ney. Tudo o que acontecer de desagradável vai ser resolvido com a experiência. Para a pessoa ganhar experiência, ela precisa errar também. Volto a dizer que fico com a parte humana do Ney.

Durante a sua primeira convocação pela seleção brasileira, Tite disse que já teve uma conversa rápida com Neymar e disse que pediu para o jogador não pensar sobre a braçadeira de capitão. O treinador avisou que não era o momento de tratar do assunto e entende que a liderança tem vários aspectos.

O Brasil ocupa a sexta posição nas eliminatórias da América do Sul, com nove pontos. Os quatro primeiros colocados garantem vaga direta na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, e o quinto disputa a repescagem contra uma equipe da Oceania. O Uruguai é o líder com 13 pontos.