Operação Turbulência: 20 pessoas são indiciadas em investigação que envolve Eduardo Campos

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Os empresários João Carlos Lyra Mello Filho, Eduardo Freire e Apolo Santana Vieira, apontados na Operação Turbulênciacomo os compradores do avião Cessna, que vitimou o ex-governador Eduardo Campos (PSB) durante a campanha presidencial de 2014, foram indiciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica junto a mais 17 investigados pela Polícia Federal (PF). De acordo com o Jornal Correio Braziliense, Lyra é indiciado ainda como o operador de propinas para o Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), além de ser o também operador de Eduardo Campos.

Segundo informações relatadas pelo jornal, com base num relatório da PF, a delegada Andréa Pinho Albuquerque atesta que os três empresários eram os “principais integrantes” do esquema de arrecadação de dinheiro para lavagem. Bezerra Coelho, como tem foro privilegiado, responde a inquérito sobre fatos semelhantes no Supremo Tribunal Federal (STF).

Operação Turbulência

A operação foi deflagrada no dia 21 de junho e o indicimaento dos investigados foi concluído e encaminhado à 4ª Vara Federal do Recife no dia 15 de julho. De acordo com Andréa “diversas pessoas, que, de forma estável, permanente e ordenada, utilizavam as contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas ou de ‘laranjas’ para recebimento de valores de origem espúria ou duvidosa” para depois entregar aos seus reais destinatários, seja por meio de saque em espécie ou tranferências bancárias.

Segundo a investigação, os sobrepreços em contratos naRefinaria Abreu e Lima eram praticados pela empreiteira Camargo Corrêa para o possível pagamento de dívidas da campanha de Campos para reeleição ao governo do Estado em 2010.Tudo operado por João Carlos Lyra, de acordo com a informações do Correio.

STF

No STF, apura-se a “possível interferência” do senador  Fernando Bezerra Coelho perante “operadores do esquema de pagamento de propinas a partidos políticos decorrentes de contratos com a Petrobras, visando a obtenção da ajuda ilícita à campanha de seu então correligionário”. Segundo a assessoria de Coelho, procurada pela reportagem do jornal, o socialista “não é investigado na Operação Turbulência e não foi coordenador de nenhuma campanha de Eduardo Campos”. (JC Online)