Compesa remarca reunião com Prefeitura de Petrolina após Procurador-Geral do Município “dar com a cara na porta”

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Está agendada para esta quinta-feira (14), em Recife, uma reunião entre membros da Prefeitura de Petrolina e a direção da Compesa. A informação foi passada pelo presidente da Companhia em exercício, Ricardo Barretto, durante coletiva realizada no município nesta segunda-feira (11).

Barreto esteve na cidade para reunir a imprensa e falar sobre a concessão de serviços de água e esgoto fornecido para a cidade. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, os serviços deixam de ser oferecidos pela Compesa e passam ser geridos pela administração municipal. Também durante a coletiva, o presidente da Companhia admitiu que a Prefeitura recebeu ganho de causa em Brasília e que iniciará as tratativas com o município para discutir a pauta deliberada pelo STF, disponibilizando, para Prefeitura, toda a documentação já solicitada.

Na semana anterior o procurador-geral de Petrolina, Fabio Lima, esteve em Recife para se reunir com membros da Compesa mas o mesmo alega que não foi recebido pela diretoria.

Em carta aberta, o Procurador-Geral do Município, Fábio Lima, chamou de antiprofissional a atitude da Companhia e diz que houve  falta de compromisso do órgão em sanar uma questão que segundo ele,  já foi deliberada pela maior instância da justiça brasileira.

O presidente em exercício da Compesa, Ricardo Barreto disse que houve um acordo compactuado há 10 anos em um montante de R$ 150 milhões, mas a prefeitura quer antecipar o pedido de posse do tratamento de água e esgoto na cidade. Sobre a reunião adiada, o mesmo considera ter ocorrido um problema de comunicação interna com a prefeitura e disse que a secretaria de infraestrutura foi quem ligou para a Compesa desmarcando o encontro devido problemas de deslocamento.

“Existe um processo em andamento na justiça, mas a prefeitura entendeu que queria antecipar essa ação, emitiu decretos que extinguiu contratos com a Compesa em 2012 e conseguimos suspender e agora ela entra com essa ação, que acreditamos, que a prefeitura possa rever esse posicionamentos, porque neste encontro nós mostramos o diferencial em oferecem um tratamento de qualidade”, explica.

O presidente ressaltou ainda que são sem fundamentos os argumentos da prefeitura de que a Compesa despeja dejetos lançados diretamente no Rio São Francisco  que prefeitura e Compesa precisam permanecer unidas, porque segundo ele o município teria que ter uma estrutura “robusta” para continuar ofertando um serviço eficaz à população.

“Temos uma gama de profissionais e a prefeitura assumindo, terá que ter o mesmo nível de qualidade que a Compesa oferece a população. Nós entendemos que essa ação não tem fundamentos e queremos a certeza,, garantir que essa situação será controlada, pois os prejuízos para ambos os lados serão muitos”, afirma o presidente em exercício.