Brasil tem pior aproveitamento na Copa América desde 1923 e cargo de Dunga é ameaçado

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    Com um empate, uma derrota e apenas uma vitória, o Brasil foi eliminado da Copa América Centenário no domingo (12) com um aproveitamento de 44,4 %, o pior desde 1923, quando o torneio ainda era chamado de Campeonato Sul-Americano.

    Na competição que foi disputada há 93 anos, a seleção brasileira perdeu os três jogos que disputou –Paraguai, Argentina e Uruguai– e terminou na última colocação sem pontuar.

    Em 1987 veio outro fiasco. Em dois jogos da primeira fase, o Brasil saiu da Argentina com uma derrota de 4 a 0 para o Chile e uma vitória por 5 a 0 sobre a Venezuela.

    Como a Copa América tinha apenas dois jogos na fase inicial e o triunfo à época valia dois pontos, a seleção conquistou dois pontos dos quatro possíveis e teve um aproveitamento de 50%. A regra dos dois pontos na vitória vigorou até 1994. A partir de 1995 o vencedor passou a conquistar três pontos.

    Na edição deste ano, realizada nos Estados Unidos, a equipe comandada por Dunga conquistou quatro pontos dos nove em jogo, o que a fez ter 44,4% de aproveitamento.

    A consequência foi a amarga eliminação ainda na primeira fase, igualando a equipe de 87 que também caiu na fase inicial do torneio.

    CAMPANHA

    Nesta Copa América, Dunga praticamente abriu mão do time goleado por 7 a 1 na semifinal da Copa-2014 pela Alemanha. Contra o Peru, apenas dois jogadores que disputaram aquele partida, Hulk e Willian, estavam em campo.

    O time se mostrou desentrosado na primeira partida e não saiu de um empate sem gols contra o Equador. O resultado poderia ser ainda pior se não fosse o erro do árbitro da partida que anulou um gol legal dos equatorianos.

    Na rodada seguinte, a vitória sobre o Haiti por 7 a 1 animou os brasileiros, que precisavam da igualdade no placar contra os peruanos para avançarem.

    O empate que a seleção necessitava não veio após uma polêmica. Aos 29 minutos do segundo tempo, Ruidíaz marcou o gol da vitória do Peru com o braço. Os brasileiros reclamaram, o árbitro uruguaio Andres Cunha demorou para o confirmar o gol, e, aparentemente, consultou alguém fora de campo para confirmar a jogada.

    Depois de mais de um minuto falando em um fone, e ao lado do auxiliar Nicolas Taran, que não havia corrido ao meio de campo, ele acabou confirmando.

    O Peru já havia tido um pênalti não marcado no primeiro tempo, quando Renato Augusto derrubou Flores.

    A eliminação deixa o cargo de Dunga sob ameaça. Nesta terça, o treinador terá uma reunião na CBF com Marco Polo Del Nero que pode definir o seu futuro. (Folha Press).

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