MPPE delibera medidas para resolver superlotação das urgências e emergências em hospitais de Petrolina (PE)

Com a finalidade de debater as medidas a serem adotadas pelos entes federativos a fim de solucionar a superlotação nos serviços de urgência e emergência no município de Petrolina, com foco na ampliação da capacidade instalada dos serviços de urgência e emergência e de leitos de retaguarda com especificidade e complexidade necessários, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) realizou audiência pública, no auditório da Fundação Nilo Coelho, no dia 9 dezembro. As deliberações acordadas em coletividade estão sendo agora disponibilizadas para amplo conhecimento dos cidadãos para o devido acompanhamento junto à 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania (Saúde) de Petrolina.

Na abertura da audiência, a 4ª Promotora de Justiça de Defesa da Cidadania (Saúde) de Petrolina, Ana Paula Nunes Cardoso, explicou que a audiência é um ato dentro de um inquérito civil n° 01879.000.203/2021, que foi instaurado em 2021, mas que a situação foi piorando com o passar dos anos. Do MPPE, participaram também a coordenadora do CAO Saúde, Promotora de Justiça Helena Capela, e a médica analista do MPPE, Ana Carolina Thé.

Ao fim da audiência, que durou cerca de cinco horas, ficou deliberado que o Município e o Estado, através de suas Secretarias, terão o prazo de 60 dias para se manifestarem acerca dos pontos elencados, os quais serão respondidos e apresentados na próxima audiência pública a ser realizada em 3 de março de 2026.

Medidas a serem implementadas pelo Município de Petrolina:

  1. Melhoria na cobertura das Unidades de Saúde em Atenção Básica: Definir prazo, incluindo o número de profissionais e horário de funcionamento.
  2. Acesso a exames complementares.
  3. Implementação dos prontuários eletrônicos.
  4. Aprimoramento do sistema de regulação municipal.
  5. Sutura: Comprovação de aquisição de materiais e insumos.
  6. Instalação de serviço de pronto atendimento municipal: Pode ser uma UPA ou outro formato adequado, contendo pediatria, clínica e cirurgia.
  7. Leitos de retaguarda (HTT): Responder qual o perfil dos leitos, quantos são regulados e quais são de autogestão.
  8. Ampliar capacidade de ambulância: Prazo para aquisição de ambulância de Suporte Avançado.

Medidas a serem implementadas pelo Estado de Pernambuco:

  1. Ampliação do serviço da UPA: Para incluir pediatria, clínica e ortopedista.
  2. Leitos de retaguarda: Implementação de leitos, visto que existe uma ausência total deste serviço.
  3. Estruturação da rede de urgência: Focada em Neurologia Clínica, incluindo leitos de retaguarda.
  4. Incremento nos números de UTI, tendo em vista o déficit atual.
  5. Avaliar a possibilidade de instalação de um Hospital Geral na rede, o que envolve a discussão da Rede PEBA.
  6. Remodelagem do Plano Regional da Rede de Urgência e Emergência – PAR/RUE.

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