Pernambuco é o 4º estado do Brasil em falta de vacina, aponta estudo

O novo estudo divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta Pernambuco como o quarto estado do Brasil, em proporção de cidades respondentes à pesquisa, com maior percentual de desabastecimento de algum tipo de vacina. Entre os imunizantes em falta, destacam-se varicela (catapora), tetraviral, hepatite A e dengue.

De acordo com o estudo, dos 49 municípios pernambucanos que participaram da pesquisa, 26 alegaram falta de alguma vacina, totalizando 53% das cidades respondentes. No âmbito nacional, o estado está atrás apenas de Roraima, com confirmação de 100% dos municípios perguntados, Amazonas, com 63%, e Pará, com 56%.

As vacinas que estão em falta nas cidades de Pernambuco são: varicela (19 municípios), tetraviral (9 municípios), hepatite A (8 municípios), dengue (4 municípios), meningocócica C (3 municípios) e DTP (3 municípios).

Os imunizantes de poliomielite (VIP), pneumocócica 23 – valente, mpox, covid adulto, rotavírus humano, pneumocócica 10 – valente, penta, hepatite B e BCG também estão em falta em municípios pernambucanos.

Ao todo, a pesquisa ouviu 1.490 cidades do Brasil, que corresponde a 26,7% do total, entre os dias 11 de abril a 14 de maio de 2025.

Em comparação com outras duas pesquisas realizadas em setembro e dezembro do ano passado, das 22 cidades de Pernambuco que participaram dos três levantamentos, 11 municípios apresentaram piora na situação, enquanto 10 apresentaram melhoras. Um município não respondeu a pesquisa recente.

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que, assim como em outros estados da federação, registra o desabastecimento de vacinas contra a varicela há cerca de dois anos. Outros tipos de imunizantes também apresentaram falta, em decorrência do desabastecimento nacional, mas por um período mais curto.

Segundo a secretaria, os desabastecimentos são motivados principalmente pela baixa oferta de produção pelos laboratórios especializados, como também pelo processo de logística de distribuição – que se inicia desde a saída do Ministério da Saúde e vai até a chegada das doses dos imunizantes aos locais de vacinação.

A secretaria ainda reforçou que está em constante contato com o Ministério da Saúde para atualizações e articulações em busca de novas doses, visando normalizar a situação de desabastecimento de alguns imunológicos. (Tânia Rêgo/Agência Brasil).

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