Ministra do TSE é barrada em palestra e denuncia racismo

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República emitiu nota nesta quarta-feira (21) para se solidarizar com a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Vera Lúcia Santana Araújo – vítima de racismo ao acessar um evento promovido pelo órgão na última semana.

A nota é assinada pelo presidente da comissão, Manoel Caetano Ferreira Filho, e diz que o colegiado “manifesta sua irrestrita solidariedade” à ministra substituta “em razão do constrangimento a que foi submetida nas dependências do edifício da Confederação Nacional do Comércio – CNC Business”.

No entanto, no mesmo texto, a Comissão de Ética diz não ter “qualquer responsabilidade administrativa ou gerencial sobre o imóvel onde o fato ocorreu”.

Racismo na porta de evento

O episódio de racismo veio à tona nesta terça-feira (20), quando a presidente do TSE, Cármen Lúcia, fez um discurso de apoio a Vera Lúcia.

O caso aconteceu na última sexta (16), quando Vera Lúcia deu uma palestra no XXV Seminário Ética na Gestão – promovido pela Comissão de Ética Pública em um prédio comercial de Brasília.

Ao chegar ao prédio, Vera Lúcia se apresentou como palestrante e mostrou sua carteira funcional de ministra substituta da Corte Eleitoral. A magistrada não teve permissão para ingressar no auditório que foi cedido pela Advocacia-Geral da União para o evento.

Em relato à GloboNews, a ministra disse que as atendentes e o vigilante do prédio não quiseram sequer olhar o documento que ela apresentou – e que só conseguiu acessar o evento após um organizador ir buscá-la na recepção.

“Foi um desgate, na verdade uma grande humilhação, cheguei cedo como pediram e tive que ficar um tempo esperando. Não teve força brutal, mas a brutalidade veio de forma desrespeitosa. A mensagem que estava ali era a deixar claro que não tinha nenhuma autoridade ali”, disse Vera Lúcia à GloboNews.

(G1/Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

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