Após negativa de plano de saúde, paciente de Petrolina (PE) ganha na justiça direito à cirurgia robótica 

Uma decisão da 5ª Vara Cível da Comarca de Petrolina/PE garantiu a realização da cirurgia robótica de tumor cerebral da paciente Caroline Pires Teixeira. O plano de saúde havia negado a cobertura completa do procedimento, autorizando apenas a cirurgia pelo método tradicional, sem a tecnologia avançada necessária para minimizar os riscos.

Carol Pires, como é conhecida, teve covid em 2020 e enfrentou problemas de saúde. Recentemente foi diagnosticada com um tumor cerebral em crescimento e necessitava urgentemente do procedimento de ressecção microcirúrgica assistida, com utilização de neuronavegação e monitorização neurofisiológica intraoperatória, essencial para a segurança e eficácia da cirurgia.

Diante dessa negativa abusiva, a advogada Elizângela Cipriano ingressou com uma ação judicial, obtendo uma liminar determinando que o plano de saúde arcasse integralmente com os custos da cirurgia, bem como honorários médicos e cirúrgicos orçados em R$ 138.840,00. A decisão foi proferida pela Juíza Larissa da Costa Barreto, que reconheceu a urgência do caso e afastou a recusa indevida da operadora.

“A negativa do plano de saúde, além de injusta, contrariava a legislação e a jurisprudência consolidada sobre o tema. O procedimento tradicional oferecido não garantia a mesma precisão e segurança que a técnica recomendada pelo médico assistente. A neuronavegação e a monitorização neurofisiológica intraoperatória, aliadas à cirurgia robótica, eram essenciais para reduzir riscos e sequelas. Felizmente, a Justiça assegurou esse direito, permitindo que Caroline tivesse acesso ao tratamento mais seguro e avançado disponível”, destacou a advogada Elizângela Cipriano.

Com a decisão na Justiça, Carol conseguiu realizar a cirurgia no dia 19 de fevereiro, em Recife (PE) feita pela equipe de um dos melhores neurocirurgiões do Brasil, Dr. Paulo Thadeu Brainer. Foi utilizada a técnica robótica de alta precisão, que ofereceu um procedimento menos invasivo, reduzindo risco de morte, sequelas graves e sangramentos, acelerando o processo de recuperação.

(Foto: Arquivo pessoal)

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